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Inflação

Preço dos alimentos faz inflação disparar na Capital

"Malabarismo" com as contas é necessário para conseguir economizar

Alimentos puxam a inflação na reta final de 2023 - Foto de Erik Scheel
Alimentos puxam a inflação na reta final de 2023 - Foto de Erik Scheel

Na pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em novembro foi de 0,28% e já é o quinto mês em alta da inflação no país. Nos últimos 12 meses, o índice acumulado chega a 3,94%.

Em Campo Grande, os alimentos impactaram o IPCA e fizeram o índice da inflação ficar em alta, a 0,47%. Os "vilões" do mês de novembro foram aqueles alimentos presentes no prato de todo dia: feijão (6,70%), arroz (5,25%), laranja (5,91%), além de outras verduras, legumes e óleos. 

Alguns tiveram queda significativa nos preços, como o mamão (-7,33%), abacaxi (-5,88%), farinha de trigo (-3,85%) e o ovo de galinha (-1,33%).

A enfermeira Daniele Duarte, percebeu a compra no mercado mais cara. "Quando fui fazer a compra, eu observei que, no mercado, com o mesmo valor do mês passado não conseguia levar os mesmos itens".

Alguns campo-grandenses não sentiram esse aumento, pelo contrário, afirmam que estão se alimentando melhor e com o mesmo valor. É a situação da terceirizada Rosimeire Oliveira.

"Antes eu tinha que ir ao mercado atacadista, porque tem mais variedade, tem marcas mais inferiores, mais barato. Agora as marcas que eu não podia comprar eu consigo comprar no outro mercado. Com o mesmo valor", afirmou

Mesmo com os alimentos mais caros, comer fora de casa está mais barato, de acordo com a pequisa do IPCA, com desaceleração de 0,70% para 0,05%.

Outros setores com grande impacto em Campo Grande foram Habitação (0,56%), principalmente com o aumento do aluguel, e Transporte (0,57%). O preço do ar condicionado (5,15%), também pesa no bolso do consumidor.

O economista Michel Martines avalia o IPCA de novembro.

"Ao final do ano, é comum os preços aumentarem um pouco, porque o mercado faz essa regulação automática. As pessoas estão demandando mais e ele precisa ofertar mais, mas chega um momento que essa oferta não acompanha as empresas e as indústrias tendem aumentar um pouquinho preço para ir refinando essa quantidade. Alguns produtos que estão dentro da cesta básica sofrem, principalmente no final do ano, com chuva e faz com que esses preços aumentem um pouco também", explica.

Após apresentar variação de 0,28% em outubro, o grupo Educação apresentou índice de 0,00%. Deflação foi observada no grupo de Vestuário.

Campo Grande teve a segunda maior inflação do país em novembro.