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Produção de bens duráveis tira indústria do vermelho no final do ano

A indústria brasileira voltou ao azul no último trimestre de 2009

"O quadro da indústria em 2009 é positivo. O que vimos foi um setor se recuperando mês a mês. Tratando-se de um ano que sentiu os efeitos de uma crise financeira forte que afetou o mundo inteiro, é natural que a indústria brasileira tenha registrado uma taxa negativa", afirma a gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Isabella Nunes.

O IBGE destaca que a indústria registrou taxas negativas decrescentes até o terceiro trimestre: -14,6% de janeiro a março, -12,3% de abril a junho e -8,2% de julho a setembro.

A produção de bens de consumo duráveis foi a que mais cresceu nos últimos três meses do ano. "Renda e emprego em alta, com políticas públicas de incentivo ao consumo surtiram efeito sobre a produção de bens voltados para a demanda interna", acrescentou a pesquisadora. Ela lembra que a expansão de duráveis chegou a marcar um salto de 92,3% de janeiro a outubro. 

Bens intermediários (6,7%) e bens de consumo semi e não duráveis (2,2%) também apresentaram taxas positivas no último trimestre.

"A produção de bens de capital (-1,6%), embora com redução significativa no ritmo de queda, foi a única que manteve o sinal negativo nessa comparação", cita a pesquisa do IBGE. No trimestre anterior, a queda fora de 22%. Entre novembro e dezembro, a fabricação de máquinas e equipamentos  avançou 0,3%, sinal de reanimação, ainda que gradual.