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Queda em preço nas refinarias não é repassada ao consumidor

Preço da gasolina em Três Lagoas segue entre os mais elevados do Estado

Motoristas de Três Lagoas não perceberam nenhuma redução de preços de combustíveis nos postos da cidade, mesmo depois dois cortes aplicados pela Petrobras nos valores cobrados de refinarias, nos dias 14 de outubro e 8 de novembro.

Conforme cálculos da estatal, a previsão era de que o preço do litro da gasolina ficasse R$ 0,10 e do diesel R$ 0,25 mais barato nas bombas. 

Ao contrário, em Três Lagoas o combustível teve um aumento do mês passado para este. No começo de outubro, por exemplo, o preço médio da gasolina na cidade era R$ 3,64. No mesmo mês, saltou para R$ 3,73 e R$ 3,76. No dia 12 deste mês, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), chegou a R$ 3,82. Em pesquisa divulgada ontem, subiu para R$ 3,84. O preço mínimo é de R$ 3,46 e o máximo  R$ 3,89.

Três Lagoas tem a segunda gasolina mais cara do Estado; só perde para Paranaíba, onde o preço médio é de R$ 3,99. Em Campo Grande, o preço médio do litro é de R$ 3,38. Na região de Dracena (SP), por exemplo, o preço médio chega a R$ 3,56.

A queda de R$ 0,25 no valor do litro do diesel, estimado pela Petrobras, também não ocorreu em Três Lagoas. O preço médio, de R$ 3,32 em outubro, caiu para R$ 3,30 neste mês.

Na opinião de Edvaldo Cavalcante não houve redução nos preços. “É mais uma piada”, declarou.  João Torres disse que não abastece em postos da cidade. Disse que prefere “atravessar a ponte”, em referência a comprar combustível em postos de São Paulo.

“Fico estarrecido com o preço do combustível em se tratando da produtividade da Petrobras e do álcool que é adicionado na gasolina que, também é fabricado no Brasil. Deveria ser mais acessível a todas as classes, mas infelizmente não é assim, pois a corrupção  e outros fatores como impostos são altíssimos tornado o produto mais caro em relação  aos nossos países vizinhos, como Argentina e Bolívia”, comentou empresário Armando Jaruche.

O representante do sindicato dos donos de postos, Márcio Hirade, não foi localizado pela reportagem, nesta sexta-feira, para falar do assunto.