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Recuperação da indústria avança, mas segmentada

Na comparação com setembro, elas funcionaram em um nível apenas 2,5 pontos menor

Alguns setores da indústria de bens de consumo já recuperaram, em abril, um nível de utilização da capacidade instalada superior à média histórica dos últimos 10 anos e muito próximo ao registrado em setembro, pico da produção e anterior ao agravamento da crise internacional. Em abril, a ociosidade nas indústrias de materiais de construção, farmacêutica e veterinária, vestuário e calçados foi inferior à média histórica. Na comparação com setembro, elas funcionaram em um nível apenas 2,5 pontos menor, segundo dados elaborados pela LCA Consultores, com base na pesquisa da Fundação Getúlio Vargas.

Além da recuperação no nível de utilização da capacidade, estudos realizados pela LCA e Rosenberg & Associados mostram que alguns setores chegaram ao segundo trimestre com avanço na produtividade e redução no custo do trabalho. Enquanto para a média da indústria o custo do trabalho aumentou 16% no primeiro trimestre, 8 entre 17 segmentos apresentaram melhora. Esse quadro, avaliam os economistas, indica que os ajustes feitos desde o fim do ano foram suficientes para alguns setores, mas não para outros. Siderurgia, mineração e bens de capital ainda operam com grande capacidade ociosa e acumulam perda de produtividade.