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Três Lagoas

Restaurantes apostam em promoções para atrair clientes

Movimento nos estabelecimentos de Três Lagoas diminuiu em média de 50%,desde o começo do ano

Desde janeiro Três Lagoas registra queda no número de pessoas comendo fora de casa, segundo informou a maioria dos estabelecimentos que o Jornal do Povo entrevistou. Uma estratégia utilizada pelos proprietários desses estabelecimentos, para trazer os clientes de volta, são as promoções.

A maioria oferece ações, pacotes exclusivos e facilidades para quem opta por fazer suas refeições fora de casa. Mesmo com a alta dos alimentos, os restaurantes estão oferecendo benefícios para seus clientes no intuito de aumentar o movimento.

Ana Paula Alves, proprietária de um restaurante na cidade, comentou que é preciso usar a criatividade para buscar alternativas que tragam os clientes de volta, há cerca de 50 dias ela percebeu uma queda significativa no seu estabelecimento. “O nosso movimentou diminuiu em torno de 50%, nos últimos dias. Mas o nosso custo não acompanhou essa queda, alias aumentou com a alta nos alimentos e outras despesas, mas não posso nem pensar em repassar esse reajuste aos clientes, porque ai que vamos ficar sem movimento”.

Uma estratégia utilizada por Ana é fidelizar seu cliente, “Junto com a queda no movimento criamos o cartão fidelidade, o cliente que consumir 20 refeições ganha uma inteiramente de graça. Também estamos investindo em promoções na mídia, com sorteio de almoço”.

Márcio Ponsoni Claro, proprietário de um gastrobar percebeu queda nos movimentos desde o mês de fevereiro, tentando contornar a situação oferece descontos e promoções, como na compra de uma das opções do cardápio o cliente ganha dois itens, no período da noite quem compra uma porção ganha um chope. “Também oferecemos descontos para grupos que almoçam aqui, tenho um pessoal de universidades, composta por 30 a 40 pessoas, que tem 15% de desconto na refeição”.

Uma solução dos restaurantes para enfrentar a crise, com a alta dos alimentos, foi mudar o cardápio. Márcio explicou que procurar utilizar nos pratos, os alimentos da época, porém alguns alimentos não tem como deixar de comprar.

O economista Marçal Rogério Rizzo ressalta que consumidor precisa adotar o hábito de pesquisar antes. “É preciso ver qual seu perfil, sozinho, casal ou família e fazer as contas de quanto fica comer fora ou em casa. Por mais que os restaurantes ofereçam promoções eles sofreram com o aumento no custo do estabelecimento, pois houve acréscimo da energia, encargos na folha de pagamento, gás, alimentos e etc”.

“Em momentos de crise o consumidor corta primeiramente os custos supérfluos, como comer fora de casa. Mas mesmo assim o aconselhável é procurar promoções, irem outros restaurantes, conhecer as opções que tem na cidade antes de consumir” , finalizou o economista.

AUMENTO

O custo da alimentação fora de casa, entre janeiro e julho, cresceu menos que o preço dos alimentos dentro de casa em 10 das 13 regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apenas Belém, Fortaleza e Goiânia continuam apresentando alta de preço maior nos restaurantes que nos lares. Na média do país, o reajuste dos alimentos fora do domicílio este ano foi de 6,46%, enquanto as refeições em casa encareceram 7,76%.