Veículos de Comunicação

4

Santander quer crédito agrícola antecipado

A definição das regras apenas a partir de junho encurta o prazo dos produtores na preparação do plantio

Junho é período de definição da política agrícola. É o momento de o produtor fazer uma engenharia financeira e programar a safra de verão.

A realidade da produção agrícola no Brasil vem mudando, com maior diversidade de produtos e incorporação de novas regiões de plantio, onde as condições climáticas e operacionais divergem das tradicionais.

Diante dessas novas exigências do mercado, Walmir Fernandes Segatto, superintende da área de agronegócio do banco Santander, vê necessidade de adaptações na política agrícola brasileira.

"A política atual não está ruim, mas seriam bem-vindas regras de flexibilização para a acomodação nas novas exigências de mercado."

Essas adaptações devem ser não só de épocas, mas de limites de exigibilidades, diz ele. A definição das regras apenas a partir de junho encurta o prazo dos produtores na preparação do plantio.

Em muitos casos, eles começam a programar o plantio de verão logo nos primeiros meses do ano e buscam as melhores chances de comprar insumos para reduzir custos. Seria necessário, segundo Segatto, que o produtor já tivesse recursos e metas de políticas agrícolas definidas para aproveitar o melhor momento do mercado.

Para Segatto, o produtor deveria ter disponibilidade de recursos o ano todo. E essa montagem de oferta de crédito não depende apenas do governo, mas de discussões que devem abranger agentes financeiros e associações de produtores.

De olho As grandes petroleiras estão de olho no contrato de álcool hidratado da BM&FBovespa, cujas negociações começaram há dez dias. Estão requisitando os contratos em inglês, para avaliação.