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Sem grande adesão, três-lagoenses participaram de manifestação contra a corrupção

Cerca de 50 pessoas ocuparam a praça Senador Ramez Tebet

Sem grande movimentação, alguns três-lagoenses saíram de casa na tyarde deste domingo, 16, para demonstrar a insatisfação com o rumo político e econômico que o Brasil tem enfrentado.

Apesar das poucas pessoas que aderiram ao movimento, quem apareceu estava com roupas nas cores verde e amarela, cartazes, bandeiras e faixas.

Para o médico veterinário Renato Carrato, 54 anos, o movimento deste domingo é positivo. “A importância disso tudo é para ver se a gente cresce. Já consumiram todo nosso dinheiro. Queremos voltar a cresce. Nos meus 54 na os de idade, que me lembre, nunca vi o País atravessar uma crise desta. Teve outras crises sim, como aquela que o Collor tirou o dinheiro, mas o rombo que está acontecendo hoje, nunca teve. Nunca na história desse país se roubou tanto”, destacou o veterinário.

Ele ainda mencionou que espera que Três Lagoas não demore para retomar a sua economia.”A gente vê obras paradas por falta de dinheiro, como é o caso da UFN III. Tem também a ponte que liga os Estados de São Paulo ao Mato Grosso do Sul. Esta era uma obra prometida desde a época em que o Ramez Tebet era vivo, mas até hoje não foi terminada. Já perdi as contas de quantas vezes sua inauguração foi adiada. Sabemos que é a falta de dinheiro para pagar as empresas que ela nunca termina”, concluiu Carrato.

Representada por alguns poucos jovens, a estudante Lara Vituri, 13 anos, comentou que acha importante a participação de todos nesse ato, inclusive os jovens. “Apesar de não sermos da geração `Caras Pintadas`, os adolescentes são o futuro do Brasil. Tudo depende da gente. Precisamos estar aqui e lutar por esta causa, que é um País mais justo, menos corrupto. Aos jovens da minha faixa etária, convido todos para reunir esforços por essa manifestação que nos representa. Precisamos lutar pelo nosso futuro”, avaliou a estudante.

O policial federal, Renée Venâncio, um das pessoas que tem tomada a frente para realizar os manifestos em Três Lagoas, falou com a reportagem do Jornal do Povo e fez questão de dizer que o ato não tem um líder, mas sim lideranças, que não tem um rosto, um partido ou uma sigla. “A manifestação veio da indignação do povo de Três Lagoas, assim como do povo brasileiro que tem se mostrado indignado. O objetivo é mostrar que não tem só otário nesse País. Precisamos mostrar que não aguentamos mais ser explorados. Que trabalhadores estão sendo colocados na rua e empresários estão tendo que fechar suas portas por causa dessa crise econômica. Precisamos lutar contra tudo isso, inclusive contra a corrupção”, ressaltou Venâncio.

O manifestante afirmou que a expectativa é que as pessoas participem desses atos, indistintamente do número de adesão. “acho que muita gente já se acomodou vendo o sucesso da Operação lava Jato, vendo que o PT já está aniquilado, pois só falta bater três vezes na lona. Mas continuamos aqui apoiando as ações da Polícia Federal, Ministério Público Federal e do juiz Sérgio moro”, avaliou.

Por fim, Venâncio falou sobre o ele avalia como os três pilares políticos atuais. “O PT tinha três pilares: o primeiro é o ideológico e político, representado pelo José Dirceu, que já está preso. Há o pilar político e carismático, que é o Lula, que em breve também será preso. Por fim, existe o pilar institucional, fundamentado na presidente Dilma Rousseff. Quando esses três pilares forem demolidos, o Brasil começa de novo e de um jeito certo”, concluiu.