Veículos de Comunicação

Emergência

Sem previsão de chuva em junho, alerta é para a pior seca do século em MS

Sistema Nacional de Meteorologia emite alerta para emergência hídrica

Previsão é para a pior seca do século em Mato Grosso do Sul - Arquivo/JPNEWS
Previsão é para a pior seca do século em Mato Grosso do Sul - Arquivo/JPNEWS

A  Treze dias. Esse é o período em que a última gota de água caiu do céu de Três Lagoas. Na verdade, não estamos falando de chuva. Porque, foram apenas 7 milímetros em alguns pontos da cidade. Antes disso, foi no final do mês de março, quando choveu apenas 35 milímetros. A estiagem este ano está mais intensa e prolongada. 

O mês de junho, na média histórica, é de pouca chuva e, em 2021, será menor ainda, em Três Lagoas. A previsão é que chova apenas 15 milímetros ao longo dos 30 dias, sendo o menor volume entre os seis meses do ano. O friozinho pela manhã, como já era registrado no mês de maio, vai continuar, de acordo com as previsões meteorológicas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, uma nova frente fria está prevista para Mato Grosso do Sul a partir de 15 de junho. Haverá queda na temperatura na capital da celulose, cujos termômetros podem registrar mínimas de 15ºC. Porém, pouca possibilidade de chuva nesse período. 

EMERGÊNCIA HÍDRICA
O Governo Estadual e o Ministério do Meio Ambiente já haviam decretado estado de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul. Agora, um novo alerta é do Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), do Governo Federal, de emergência hídrica para a área da Bacia do Paraná. O documento prevê chuvas abaixo da média entre junho e setembro na região. É a primeira vez que o órgão emite um alerta desta natureza, tendo como previsão a pior seca do século.

ESCASSEZ DE ÁGUA E AUMENTO DAS QUEIMADAS DEVEM MARCAR MÊS
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) também pontuou a situação crítica de escassez na região hidrográfica da bacia do Paraná. A questão é que metade do território de Mato Grosso do Sul pertence à Bacia do rio Paraná, que engloba ainda partes de São Paulo, Paraná, Goiás e Minas Gerais. O reflexo será risco de desabastecimento de água com queda de chuva nos níveis dos reservatórios, em Três Lagoas e em várias cidades sul-mato-grossenses.

O Governo do Estado informou que vai elaborar medidas restritivas do uso da água para evitar a falta. “Com a decretação de crise hídrica abre-se a possibilidade do governo adotar ações restritivas quanto ao uso múltiplo da água”, declarou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck. De acordo com a ANA, a emergência hídrica está relacionada à escassez de precipitação na região hidrográfica e a previsão é de que o cenário persista até o mês de setembro. 

QUEIMADAS
Com a falta de chuva, o que também preocupa são as queimadas urbanas. O número de ocorrências deste tipo em alguns bairros da cidade já começam a aumentar e o Corpo de Bombeiros de Três Lagoas elabora um plano de ação no período de estiagem. A ação começa com o trabalho de orientação aos moradores e também nos setores comerciais e industrias.Vale destacar que a queimada urbana é crime e o morador pode ser multado. As principais ocorrências são registradas em terrenos baldios espalhados pela cidade. 

Para o combate às queimadas, o Governo Federal autorizou a contratação de 1,6 mil brigadistas que irão permanecer na linha de frente contra os incêndios florestais, este ano, no país. Deste total, 95 deverão ser deslocados para Mato Grosso do Sul. Segundo o Governo Estadual, as equipes devem ficar sediadas na região do Pantanal, além de aldeias indígenas no Estado