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Sindicato diz que agora postos só têm lucro com "agregados"

Sinpetro firma que álcool anidro subiu 182% nos últimos seis meses

Durante entrevista coletiva esta tarde, o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul) afirmou que o principal culpado pelos constantes reajustes nos combustíveis é o governo federal, por não ter estoque regular suficiente.

O Sindicato não está otimista sobre a redução no preço dos combustíveis, que pode começar a surgir no final do mês e considera positivo o protesto marcado para esta noite, pelos consumidores da Capital, que devem percorrer postos com o movimento "Na mesma moeda".

Segundo o Sindicato, entre junho do ano passado e abril de 2011, o álcool anidro, substância pura que é misturada à gasolina, subiu 182% nas usinas.

“O vilão sempre somos nós, donos de postos que ficam entre a companhia, os produtores e o consumidor. Nós apenas recebemos o comunicado de que subiu o preço pela distribuidora na hora que o combustível chega para a gente. Olha na nota fiscal e o aumento está lá”, explica o diretor de Comunicação do Sindicato, Marcos Villalba.

O Sindicato argumenta que o litro da gasolina tem embutido 11% no valor referente à distribuição e revenda, 22% em relação ao custo do álcool anidro, 26% de ICMS, 13% de tributos de contribuição federal e mais 28% da parcela para a Petrobras.

Para o presidente Mário Shiraishi, o governo federal não teve estoque regular suficiente para atender a demanda. Com a falta de álcool anidro e gasolina, o país teve que importar o combustível.

“Ocorreu nos últimos meses uma migração do álcool, para a gasolina e a logística do governo federal não foi bem elaborada, as refinarias ficaram defasadas. O aumento dos 182% (álcool) é bastante impactante na formação do preço da bomba”, acrescenta.

Ainda de acordo com o Sinpetro, de outubro do ano passado a abril de 2011, o álcool subiu 33,6% e a gasolina 14%, nas bombas. O órgão que representa a classe fala que nem todos os investimentos feitos pelos proprietários, como troca de tanques, sistemas de coleta de produtos químicos foram repassados aos consumidores, assim como o reajuste da energia elétrica, salário dos funcionários e aumento da carga tributária.