Veículos de Comunicação

4

Sitrel terá que apoiar ações na saúde e segurança

Licença para instalação depende de compensações mitigatórias


A Siderúrgica de Três Lagoas (Sitrel) deverá apresentar alguns ajustes no Plano Básico Ambiental (PBA) e nas medidas mitigatórias para receber a licença de instalação. De acordo com a fiscal ambiental, e responsável pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Délia Villamayor Javorka, boa parte do projeto de implantação da indústria está concluído, porém, ainda restam algumas pendências documentais e técnicas.

Alguns dos ajustes necessários estão relacionados às medidas a serem adotadas para reduzir os impactos ambientais e sociais que serão gerados com a implantação da indústria. Recentemente, uma reunião foi realizada na sede do Imasul, em Campo Grande, entre representantes da Sitrel, do órgão ambiental e prefeita Simone Tebet (PMDB) para discutir as medidas mitigatórias. No encontro, a prefeita e o órgão ambiental entregaram à empresa algumas solicitações. Entre elas, estavam ações na área de saúde e segurança pública e um pedido do Corpo de Bombeiros. “Esta última foi entregue à nós pela corporação, e repassamos à empresa. Trata-se da aquisição de alguns equipamentos”, completou a fiscal.

Conforme Délia, todas as solicitações constam em ata do Imasul e foram encaminhadas para análise da empresa. “Assim que a empresa analisar e se pronunciar para que a empresa receba a licença. A expectativa é que, se a Sitrel atender os ajustes exigidos, a licença de instalação seja expedida até novembro”.

A liberação da licença ambiental de instalação é a etapa do processo em que o órgão ambiental responsável, no caso o Imasul, analisa o projeto de funcionamento da obra. O objetivo é verificar, antes do início das obras, os impactos ambientais gerados pelo empreendimento; se estes estão dentro do previsto pela legislação ambiental vigente e se  medidas tomadas pela empresa para reduzi-los ao máximo. “A empresa nos apresenta o projeto técnico para analisarmos a eficiência do sistema. No caso da Sitrel, o projeto atende a legislação ambiental [vigente]. É o que precisamos ouvir nesta etapa”. Até o momento, a Sitrel conta com a licença prévia de instalação, que permite ao empreendimento, desenvolver os estudos necessários de implantação.

IMPACTOS
De acordo com Délia, os principais impactos ambientais que podem ser gerados por uma siderúrgica são emissões de material particulado na atmosfera, consumo excessivo de água, efluentes sanitários e lançamento de resíduos sólidos (carepa) na água.

O primeiro item trata-se da emissão de fuligens que saem dos fornos e outros processos na atmosfera. Para minimizá-los, a empresa apresentou os equipamentos que serão instalados na indústria, todos de última geração. A distância do complexo fabril da Cidade também foi fator determinante. A Sitrel será implantada em uma propriedade rural, situada no km 27 da BR-262 (que liga Três Lagoas a Água Clara).

“Tanto o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), quanto o Imasul são extremamente rígidos para as emissões na atmosfera. Mas, pelo que podemos analisar, a indústria não trará impactos para a Cidade. Além dos equipamentos modernos, a distância ajudará que estas fuligens não cheguem à Três Lagoas”.