Veículos de Comunicação

Oportunidade

Taxa de uso de transporte público fica abaixo da média nacional

Em Três Lagoas, número de passageiros usando o serviço não chega a 50 mil/mês

Levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado recentemente, apontou que, um em cada quatro brasileiros utiliza o ônibus como principal meio de transporte para suas atividades cotidianas para ir ao trabalho ou à escola. A estimativa corresponde a 25% dos brasileiros e apresenta o ônibus como principal meio de transporte. Os que fazem o percurso a pé somam 22%. Já o automóvel, figura como meio de locomoção adotado por 19% da população, enquanto que outros 10% preferem as motocicletas.

Em Três Lagoas, no entanto, a situação é inversa. Segundo o secretário municipal de Trânsito, Milton Gomes Silveira, atualmente, o volume de passageiros transportados pela  empresa responsável pelo transporte público na cidade não chega a 50 mil ao mês. Por dia, são transportados aproximadamente entre 1,6 mil e 1,8 mil passageiros, sem levar em consideração trajeto de ida e volta. 

“A população três-lagoense ainda não criou a tradição de utilizar o transporte público. O uso de bicicletas ainda é alto em Três Lagoas, considerando-se como atrativo a topografia da cidade, e é grande o número de pessoas que migram do uso da bicicleta para  motocicletas, devido às facilidades para compra e melhoria na situação econômica”, completou Milton.

A Viação Três Lagoas assumiu o serviço do transporte público em 2007. Quando licitada, a expectativa era de atender a 70 mil passageiros por mês. “Nunca atingiram essa média e Três Lagoas cresceu muito de lá para cá”, completou Milton. Atualmente, o município possui população estimada em 113 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

DISTANTES
A população que mais utiliza o transporte público, informou o secretário, é a que reside nos extremos da cidade, em regiões como Jupiá e Vilas Piloto e Verde. Até mesmo as empresas aqui instaladas têm optado por adotar transporte próprio ou terceirizar o serviço. A situação gera o que Milton classificou de círculo vicioso, no qual a população reclama que não há muitas linhas disponíveis e, por isso, não utiliza o serviço. Do outro lado, sem número de usuários condizente com o custo, a empresa não amplia o número de linhas para o transporte público.