Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Tomate fica três vezes mais caro em Três Lagoas

Consumidores estão substituindo o tomate por outros produtos

Desde o início do mês de maio, a refeição do três-lagoense ficou mais cara. Isso se deve ao reajuste no preço do quilo do tomate, que era vendido entre R$ 1,99 a R$ 2,99 e, agora, pode ser encontrado por até R$ 9,39 o quilo, como apurou o Jornal do Povo em três supermercados da cidade.

Esta é uma realidade em todo o país, segundo aponta uma pesquisa realizada em abril pelo  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O tomate lidera a lista dos alimentos que passaram por reajustes de preços, com uma variação de 19,7%, seguido pela cebola, com 7,05% e o feijão-mulatinho, com 6,55%.

Nos supermercados pesquisados pelo JP, a variação de preço é de R$ 5,99 a R$ 9,39 no quilo da fruta. Em um dos supermercados, o quilo do tomate era vendido a R$ 1,99 em abril, hoje o consumidor terá que desembolsar três vezes este valor, de R$ 5,99 em dia de promoção e até R$ 7.

Três, dos cinco entrevistados pela reportagem, afirmaram ter cortado o tomate da salada. “Não comprei o tomate, está muito caro, enquanto não abaixar o preço eu vou ficar sem, a comida vai ficar sem cor mesmo”, alegou uma das consumidoras, Vera Lúcia, 58 anos.

Um dos fatores que proporcionaram esse aumento foi o climático. “O tomate fornecido ao nosso estabelecimento vem da região do estado de São Paulo, e recentemente ocorreu uma chuva de granizo muito forte nos arredores das plantações, prejudicando a colheita”, informou o gerente de uma rede de supermercados, Paulo Amaral.

FEIRA                  

Outro produto que sofreu aumento neste mês foi a cebola. O preço médio do quilo em Três Lagoas varia entre R$ 4,99 a R$ 8,30.

Por outro lado, a batata foi um dos produtos favorecidos, segundo informou o gerente Amaral. “Antes vendíamos pelo preço de R$ 4,90 à R$ 5,90 o quilo, e agora estamos comercializando por uma média de R$ 1,39 o quilo.”

De acordo com o gerente, o preço do hortifrúti vária bastante, pois depende totalmente das condições climáticas. “Com esse clima, o tomate não madura, o produtor tem que colhê-lo verde e, em uma quantidade menor, além do prejuízo causado pela chuva”, explica.