Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês dezembro, divulgados nesta quinta-feira, confirmaram o cenário já pintado em novembro: Três Lagoas encerrou o ano de 2015 com o segundo pior índice de demissões da última década.
Conforme as estatísticas do Caged, em dezembro do ano passado, Três Lagoas fechou mais 196 postos de trabalho formais. O pior resultado foi obtido pelo setor de serviços, com o corte de 114 vagas. A indústria da transformação, mais uma vez, encerrou o mês com mais demissões. Ao todo, 67 postos de trabalho foram fechados pelo setor, saldo semelhante ao apresentado pela construção civil, onde se registrou 63 demissões no mês passado. No mês passado, os únicos setores que fecharam com saldo positivo foram o agropecuário, com 35 admissões, e comércio, com mais 18.
Com as 196 demissões a mais, subiu para 1.364 o número de postos de trabalho fechados no ano passado. Em 2015, o Ministério do Trabalho e Emprego contabilizou 18.428 contratações, contra quase 20 mil demissões, 19.792. O pior ano da última década foi em 2014, quando mais de sete mil demissões haviam sido registradas.
O resultado também fez com que Três Lagoas, que havia mostrado recuperação em novembro, caísse novamente no ranking do Caged, que avalia a geração de emprego dos 14 municípios com mais de 30 mil habitantes. A cidade ficou na 11ª posição, à frente das outras quatro maiores cidades do Estado, Corumbá (12ª), Dourados (13ª) e Campo Grande, na última posição.
INDÚSTRIA
Quase todos os setores fecharam com saldo negativo de geração de empregos no ano passado. No entanto, o s com pior desempenho foi o da indústria da transformação, que, sozinha, demitiu 1.093 trabalhadores no decorrer do ano. Ainda segundo dados do Caged, também chamou a atenção o comportamento do setor de serviços, com 359 demissões, e o da construção civil, onde 314 postos de trabalho foram fechados. No comércio, foram 135 demitidos.
O resultado de Três Lagoas, no geral, só não foi pior graças ao comportamento da agropecuária. O setor gerou 538 novos postos de trabalho no ano passado, o que ajudou a equilibrar o saldo.
Confira a evolução do emprego formal por mês:
| MÊS | SALDO |
| Janeiro | – 522 |
| Fevereiro | – 219 |
| Março | -383 |
| Abril | +105 |
| Maio | -166 |
| Junho | +24 |
| Julho | -244 |
| Agosto | -72 |
| Setembro | -160 |
| Outubro | +85 |
| Novembro | + 114 |
| Dezembro | -196 |
