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Três Lagoas ganha plano de R$ 1 milhão para desenvolvimento sustentável

Cidade é a única “não capital” a receber o programa Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis; há 28 planos no país

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Instituto Votorantim e a Fibria irão financiar a elaboração do Plano de Ação Três Lagoas Sustentável e a revisão do Plano Diretor Participativo para o desenvolvimento do município a longo prazo. 

O Programa de Apoio à Gestão Pública está orçado em R$ 1 milhão. Três Lagoas é o primeiro município “não capital” a receber um plano voltado para aprimorar a qualidade de vida dos seus habitantes e preparar a cidade para o desenvolvimento sustentável.

O lançamento do programa denominado Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis  aconteceu anteontem à noite, no auditório do Sest/Senat, e contou com a presença do presidente da Fibria, Marcelo Castelli, do gerente geral do Instituto Votorantim, Rafael Giogielli, do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, da responsável pela ICES (Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis), Márcia Casseb, do deputado estadual Ângelo Guerreiro, que representou a Assembleia legislativa e da prefeita Márcia Moura e empresários, entre outros presentes.

De acordo com o gerente geral do Instituto Votorantim, Rafael Giogielli, Três Lagoas foi escolhida devido à presença da Fibria na cidade, bem como em razão da pujança do município. “Três Lagoas é um município que cresce muito, e que, através de uma ferramenta como esta, pode se tornar referência no mundo”, destacou.

O programa será executado em cinco fases, com inicio neste mês de março devendo ser  concluído até o final deste primeiro semestre. Nesse período, serão coletados 120 indicadores através de mil entrevistas de pesquisa de opinião a serem realizadas, visando identificar as dimensões ambiental urbana e fiscal com a sociedade local para  a definição de prioridades dos  investimentos que deverão ser feitos a longo prazo. O grupo de trabalho irá identificar oportunidades de captação de recursos com fundos já existentes e fará estudos de base ambiental e de competitividade que impactam o município e o seu desenvolvimento econômico.

“Três Lagoas será uma cidade que continuará crescendo e se desenvolvendo, mas agora com plano e ideias que irá torná-la cada vez mais sustentável. A intenção é que a cidade se desenvolva com um custo menor e uma eficiência maior, para que sobre dinheiro  que deverá ser investido na cidade em outras áreas. Se a cidade tem uma qualidade de vida boa, todos gostarão de morar na cidade. Isso fixa mão de obra, fixa raízes e o ambiente melhora para todos nós”, destacou o presidente da Fibria, Marcelo Castelli.

O Plano Diretor Participativo terá foco no ordenamento territorial, com diretrizes para uso e ocupação do solo. Nessa etapa, será analisado o planejamento urbano a longo prazo considerando a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento socioeconômico. Também permitirá uma melhor organização das regiões do município levando-se em conta as suas diferentes vocações, integrando o planejamento com  áreas de transportes, saneamento, habitação, instalação e manutenção de equipamentos públicos.

“Três Lagoas é uma cidade que cresce muito, agora precisamos do desenvolvimento. Por isso, o governo do Estado é parceiro desse projeto, que contará com 15 consultores especializados nas áreas. Todo esse trabalho será georreferenciado e servirá para qualquer novo gestor e mais, para longo prazo. Geralmente as cidades que crescem muito, acabam crescendo desordenadamente e não queremos isso. Queremos um crescimento ordenado para Três Lagoas ”, salientou Jaime Verruck, secretário de Estado do Governo de Mato Grosso do Sul.