Três Lagoas começou a dar sinais de recuperação e voltou a gerar empregos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o município encerrou o mês de outubro com 85 novos postos de trabalho. Ao todo, foram contabilizadas 1.338 admissões contra 1.253 demissões no município.
O resultado fez com que a cidade figurasse a segunda posição no ranking de geração de empregos para a cidades com mais de 30 mil habitantes. O município ficou atrás somente de Paranaíba, que gerou 288 novos postos de trabalho apenas em outubro, graças à reativação do frigorífico local.
No mês anterior, Três Lagoas havia ficado na 11ª posição do ranking, ao fechar 160 postos de trabalho com carteira assinada. Em setembro, somente três municípios, dos 14 que figuram o ranking, haviam obtido saldo positivo. Já no mês de outubro, a situação inverteu: apenas cinco municípios fecharam com saldo negativo. Campo Grande permanece na última posição com 631 postos de trabalho fechados.
CONSTRUÇÃO CIVIL
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Os dados do Caged mostraram que, em Três Lagoas, a construção civil foi a principal responsável por essa recuperação. Sozinho, o setor gerou 129 novos postos de trabalho no mês passado (256 admissões contra 127 demissões). O crescimento já era esperado em decorrência das obras de ampliação das duas fábricas de celulose em Três Lagoas, Fibria e Eldorado Brasil.
Porém, a atividade não foi a única a mostrar recuperação. A agropecuária também fechou o mês com saldo positivo de 32 novos empregos e foi seguida do comércio, que gerou 28 novos postos de trabalho em outubro.
O comportamento do mercado só não foi melhor no que refere-se à geração de empregos devido à indústria da transformação e do setor de serviços. A indústria fechou 53 postos de trabalho em outubro, enquanto que o setor de serviços demitiu 43 trabalhadores a mais do que contratou.
Embora positivo, Três Lagoas ainda vai demorar para sair do vermelho. De janeiro a novembro, a cidade acumula 1.350 postos de trabalho fechados (15.900 admissões, contra 17.250 demissões). Somente na indústria da transformação foram 975 postos de trabalho fechados no decorrer do ano. Nos últimos 12 meses, foram mais de 3,9 mil postos de trabalho com carteira assinada fechados.
