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Três Lagoas

Três-lagoenses têm optado assumir dívidas menos longas no comércio

Comerciantes acreditam que o momento econômico tem freado impulso dos consumidores

Consumidores de Três Lagoas têm optado por diminuir a quantidade de parcelas das compras que fazem no comércio local. A informação foi repassada por gerentes e vendedores de lojas comerciais.

Conforme o gerente de uma loja de venda de móveis e eletrodomésticos, Danilo Ramos, os consumidores estão evitando as dívidas extensas, aquelas que eram divididas em 8, 10 ou 12 parcelas, por exemplo. “Nossos clientes estão apostando mais no parcelamento por cartão de crédito. Há quem opte por economizar e pagar à vista por uma mercadoria”, explica Danilo.

O quadro se repete na loja em que Elizabete Ferreira Amorim, é chefe dos vendedores de uma loja que revende móveis. Segundo ela, os consumidores estão fugindo de dívidas longas. “Percebemos que houve acréscimo no número de comprar por meio do cartão de crédito. Antes o parcelamento era por carnê”, cita Elizabete.

VOLUME DE VENDAS

O gerente Danilo Ramos também citou que, em relação ao volume de vendas, do início deste ano, até o mês de julho, havia uma queda de 5% a 7%, mas a partir do mês passado houve um pequeno crescimento de 3% e, na primeira quinzena de agosto houve aumento entre 3% e 5%, em relação ao mesmo período do ano passado.

O quadro de funcionários da loja também saltou de oito para dez em julho, de 2014 para 2015. “A loja também entrou em um processo de reforma geral”, comenta Danilo.

A vendedora Elizabete comentou que, apesar das dificuldades econômicas do País, a loja não demitiu, mas também não fez novas contratações do ano passado para cá. “Não aconteceu queda nas nossas vendas de 2014 para 2015. O volume está sendo mantido, mas sem dúvida, o mês de janeiro é o mais favorável para o setor de venda de móveis”, salienta.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Três Lagoas, Sueidi Silva Torres, apesar da crise econômica, há a expectativa do comércio local se recuperar, apesar de acreditar ser difícil alcançar o mesmo volume de vendas do início deste ano. “Somente no centro da cidade, cerca de 10 lojas tiveram suas portas fechadas neste ano. Muitas são do ramo de confecções”, avalia Sueidi.