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Tributos e baixa demanda desacelaram indústria de MS

De um modo geral, os empresários industriais mostram-se insatisfeitos com as margens de lucro operacional de suas empresas

O primeiro trimestre deste ano foi marcado pela desaceleração do ritmo de produção industrial em Mato Grosso do Sul devido, principalmente, à elevada carga tributária e à baixa demanda por produtos industrializados registrada no período, segundo Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto às empresas do Estado. Ainda conforme os dados apurados, também aparecem como principais problemas enfrentados pelo setor no período a falta de capital de giro e o alto custo da matéria prima.

De um modo geral, os empresários industriais mostram-se insatisfeitos com as margens de lucro operacional de suas empresas, com o indicador apurado alcançando 35,2 pontos, o mais baixo resultado dos últimos quatro trimestres. Quanto às condições de acesso ao crédito e situação financeira geral da empresa, os indicadores alcançaram os 50,7 e 52 pontos, respectivamente, sinalizando, deste modo, que os empresários industriais sul-mato-grossenses ainda estão satisfeitos com tais condições.

Contudo, quando os resultados são apresentados por porte, constata-se que ocorreram importantes diferenças entre as avaliações dos estabelecimentos industriais de pequeno, médio e grande porte. Para se ter idéia, nas empresas industriais enquadradas no primeiro grupo, os resultados obtidos para a margem de lucro operacional, condições de acesso ao crédito e situação financeira geral da empresa ficaram em 43,1, 42,3 e 48,7 pontos, respectivamente, indicando, portanto, que em Mato Grosso do Sul os empresários industriais de empresas de pequeno porte não se mostraram satisfeitos em nenhuma das condições avaliadas, já que todos os resultados ficaram abaixo dos 50 pontos.

Já no caso das empresas enquadradas como de médio e grande porte dois dos três índices avaliados ficaram acima dos 50 pontos. Os resultados positivos foram obtidos nas avaliações quanto às condições de acesso ao credito e situação financeira geral da empresa que alcançaram, igualmente, os 52,8 pontos. O índice referente à margem de lucro operacional somou apenas 33,3 pontos, resultado ainda menor que o observado na avaliação das empresas exclusivamente enquadradas como de pequeno porte.