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Unidade de abate abre caminho para complexo industrial de carne em Campo Grande

O empreendimento é o que há de mais moderno em termos de processamento de carne em todo o mundo

O maior complexo industrial de transformação de carne bovina da América Latina começa a funcionar em Mato Grosso do Sul, com a instalação da unidade de abate e desossa do frigorífico Bertin, na Capital. Fruto do empenho de investidores e do poder público, a implantação do frigorífico teve importantes incentivos fiscais e tributários do MS Empreendedor, do governo do Estado, complementados pelo Programa de Desenvolvimento Econômico e Social (Prodes), lançado pela prefeitura durante a gestão de André Puccinelli, e que está completando 10 anos de suporte tributário e estrutural para a industrialização.

Segundo o diretor superintendente da Divisão de Carnes do Grupo Bertin, Evandro Miessi Mente, o empreendimento é o que há de mais moderno em termos de processamento de carne em todo o mundo. O know-how desenvolvido ao longo de 32 anos trouxe para Campo Grande um modo de operação inovador. 


“Campo Grande e Mato Grosso do Sul tornam-se referência na diversificação do fornecimento de carne, primeiro in natura com osso; depois, desossada; e posteriormente com a transformação em produtos com valor agregado. O mais importante é que temos aqui mais que uma indústria frigorífica, uma indústria da carne em toda a sua diversificação”, afirmou o governador, que considera que a Capital e os municípios que copiaram o modelo de legislação de incentivo hoje são tão competitivos quanto outros municípios brasileiros mais próximos dos grandes centros consumidores. “Podemos competir com as distâncias dos mercados consumidores, equilibrando a oneração pelo frete acrescentado aos nossos produtos”.

O prefeito Nelsinho Trad, que foi vereador à época de criação do Prodes, lembra que o programa foi um marco de ousadia e inovação, que permitiu organizar hoje três pólos empresariais em Campo Grande.       

André recebeu do Bertin a boa notícia de que nesse último trimestre de 2009 começará a expansão do complexo, com as obras da planta de supergelados – para produção de itens direcionados principalmente ao varejo, como hambúrgueres, almôndegas, quibes, carpaccios.  O investimento previsto é de R$ 50 milhões, e a abertura de novos postos de trabalho chegará a 800.

A unidade de abate e desossa inaugurada hoje emprega 2,3 mil trabalhadores e já opera com 2,1 mil cabeças/dia, do total de 4 mil da capacidade. O projeto nasceu em 2005, na mesma época em que Mato Grosso do Sul sofreu o impacto de novos focos de febre aftosa, mas ainda assim, a inauguração aconteceu em tempo recorde, de dois anos desde o início da instalação.

“Os governos municipal e estadual deram total suporte ao empreendimento. No momento de decisão, o estado passava por esse problema muito grave para o negócio da carne. O que vemos hoje é resultado dessa decisão e desse apoio”, destacou o diretor superintendente Evandro Miessi Mente. “Parabéns pela persistência governador André, prefeito Nelsinho, secretária Tereza Cristina (da Produção)”, completou o empresário, comparando a situação à outra, em Goiás, onde um projeto da empresa levou seis anos para se concretizar.

Miessi disse que a opção pelo investimento em Mato Grosso do Sul levou em conta desde o início a grande disponibilidade de bovinos. Ao se dirigir aos produtores rurais, o empresário disse que continuar com o empenho da sanidade animal é fundamental para o sucesso da cadeia da pecuária no estado. “Nós conhecemos bem os produtos que são gerados a partir dos animais abatidos aqui, e Mato Grosso do Sul tem uma das melhores pecuárias do Brasil e do mundo. Continuem investindo em genética, porque o sucesso desse investimento, desse aumento de produtividade é que vai garantir a sustentação da cadeia ao longo dos próximos anos”, disse Miessi. Apostando na consolidação do complexo na Capital, o diretor disse que o tamanho da empresa que se forma propiciará colocar valor ao animal que é gerado no campo. “A cadeia toda se beneficiária. O resultado final será muito produtivo para todos”.