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Valor do financiamento da casa própria bate recorde

Financiamento liberado pela CEF acumulado ate agora já supera o total do ano passado

Os empréstimos da Caixa Econômica Federal (CEF) para financiamento habitacional aprovados até o dia 3 de setembro deste ano atingiram patamar recorde. No acumulado até agosto, foram liberados R$ 47, 6 bilhões; 87,6% acima de igual período de 2009 e maior do que o montante financiado em todo o ano passado.

Do total emprestado até o dia 3 de setembro, R$ 21,4 bilhões têm como fonte de recursos a poupança. Os outros R$ 20,7 bilhões vêm o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A estimativa para o ano é chegar a R$ 70 bilhões em financiamento habitacional. A previsão anteriormente divulgada era de R$ 60 bilhões.

Em termos de quantidade, o total construído até agosto deste ano (773.247 unidades), já representa 86,2% do que foi realizado em 2009 ((896.762). O programa federal “Minha Casa, Minha Vida”, lançado em abril do ano passado, contabiliza 630.886 contratos assinados, totalizando R$ 35,85 bilhões. A meta é construir um milhão de moradias até o final do ano para famílias com renda de até R$ 4.650,00 – o equivalente a dez salários mínimos na época do lançamento, sendo 400 mil casas seriam para a faixa que recebe até R$ 1.395,00 onde se concentra a maior parte do déficit habitacional do país.

Securitização
Os sucessivos recordes do crédito habitacional estão levando a Caixa a começar a procurar fontes alternativas de financiamento. Por lei, os bancos são obrigados a destinar 65% dos depósitos em poupança para o crédito habitacional, mas há o temor de que o crescimento da caderneta não acompanhe o dos empréstimos nesse setor.

Até dezembro, a Caixa deve fazer a emissão do primeiro pacote de securitização de sua carteira de crédito. A securitização consiste na transformação de uma dívida em um papel para investimento no mercado de capitais. O investidor é remunerado com uma taxa de retorno que varia de acordo com as características do financiamento, descontados os custos e o ganho do banco.

A instituição financeira, por sua vez, recicla o dinheiro sem ter de esperar até o último pagamento do tomador do empréstimo. O risco de inadimplência, normalmente, fica com o investidor.