“Não há nenhuma investigação contra a Eldorado e não há suspeita de que a Eldorado tenha envolvimento com algo ilícito”. As afirmações são de José Carlos Grubisich, CEO e presidente da empresa, sobre investigações da Polícia Federal em pagamento de propina atrelado à liberação de financiamentos para o Grupo J&F, que controla a fábrica de celulose instalada em Três Lagoas.
De acordo com Grubisich, a Eldorado contratou uma investigação interna para apurar denúncias feitas no âmbito da operação Greenfield, da PF, para mostrar aos investidores que a empresa não está envolvida nas acusações.
Grubisich citou o caso em entrevista sobre o andamento do projeto de expansão Vanguarda 2, que prevê produção anual de 2,5 milhões de toneladas/ano de celulose. O projeto, segundo o executivo, prossegue em seu cronograma, com R$ 800 milhões já investidos na instalação da infraestrutura da nova unidade. Também citou investimentos na produção de madeira para a próxima fase de produção, prevista para entrar em operação em 2019.
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Até o início da instalação de máquinas, Grubisich disse que a empresa precisa definir o modelo de sua planta, a escolha de fornecedores e os financiadores dos R$ 10 bilhões estimados de custo.
Não desconsiderou, contudo, uma “natural acomodação” do mercado mundial de celulose, com a entrada da produção da segunda linha da Fibria e de uma fábrica instalada da Indonésia.
“A cada ano surge uma demanda de um milhão de toneladas de celulose. Quando estivermos com nossa nova planta em produção, a celulose oferecida por estas outras empresas já estará em consumo”, previu.
