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Vendas no comércio varejista crescem 0,8% em maio

As vendas de veículos e de material de construção de janeiro de maio deste ano alavancaram o resultado do Comércio Varejista

As vendas no comércio varejista voltaram a crescer em maio. A receita nominal (inclui a inflação) também teve aumento. A expansão, nos dois casos, foi de 0,8% em relação a abril deste ano, depois de dois meses de queda, revelam os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgados hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vendas de veículos e de material de construção de janeiro de maio deste ano alavancaram o resultado do Comércio Varejista Ampliado.

De acordo com o IBGE, na comparação de maio último com maio de 2008, as vendas e a receita nominal do varejo cresceram 4% e 8,9%. De janeiro a maio deste ano, o incremento desses mesmos indicadores foi maior, de 4,4% e 10,3%, enquanto nos últimos 12 meses terminados em maio o volume de vendas e a receita acumularam expansão de 6,5% de 12,7%, respectivamente.

O IBGE ressalta que, de abril para maio, o Comércio Varejista Ampliado (inclui veículos, motos, material de construção) obteve resultados superiores aos do comércio varejista: 3,7% para o volume de vendas, e 4,4%, para a receita, em razão da expansão das vendas de veículos e de material de construção.


“No caso de veículos e material de construção, a recuperação de um mês para o outro reflete a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)”, diz Nilo Lopes, técnico do IBGE. Também as vendas de móveis e eletrodomésticos se beneficiaram da redução desse imposto.

Nilo Lopes não projeta desempenho do comércio para o futuro, mas acredita que o setor está maduro para crescer. Ele lembra que há crédito para o comércio, fator que impulsiona as vendas. O técnico do IBGE atribui a expansão das vendas de livros ao setor de informática e comunicação.

Segundo o IBGE, na comparação com maio de 2008, em termos de volume de vendas, o setor registrou aumento de 3,3%, no volume de vendas, e de 4,9% na receita nominal. Nos cinco primeiros meses do ano e nos últimos 12 meses até maio, as taxas foram de 2,7% e 5,3% para o volume de vendas, e 5,1% e 9,5% para a receita nominal.

De acordo com o IBGE, sete das oito atividades do varejo, na comparação maio/abril de 2009, com ajuste sazonal, apresentaram taxas de variação positiva para o volume de vendas. Os resultados foram de 3,7% para combustíveis e lubrificantes; 2,9% em outros artigos de uso pessoal e doméstico; 2,2% em livros, jornais, revistas e papelaria; 1,7% em tecidos, vestuário e calçados; 0,8% para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 0,1% para móveis e eletrodomésticos; 0,1% em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e menos 11,6% para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação.

A pesquisa revela que as duas outras atividades que formam o Varejo Ampliado também registraram resultados positivos em relação a abril: veículos e motos, partes e peças, com taxa de 8,0%, e material de construção com 5,7%.

Com base no volume de vendas, os resultados de maio do comércio varejista por estados, com ajuste sazonal, revelam que no indicador mês/mês anterior 23 estados registraram variações positivas e em quatro as vendas caíram. Os maiores crescimentos ocorreram na Bahia (4,0%); Piauí (3,9%), Tocantins (2,9%); e Ceará (2,5%), enquanto as reduções mais expressivas estabeleceram-se em Roraima (-4,0%); Amapá (-3,2%); Rondônia (-2,2%); e Amazonas (-0,7%).