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Vendas nos supermercados cresceram 6,54%

As vendas no setor de supermercados cresceram 6,54% em janeiro em comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo o Índice Nacional de Vendas, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em relação a dezembro de 2008, houve queda de 22,96%.
Em valores nominais (sem descontar a inflação), o crescimento foi de 12,76% sobre janeiro do ano passado, mas houve queda de 22,59% sobre dezembro. De acordo com o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela entidade, o total de vendas teve alta de 0,1% em 2008, comparado a 2007, quando o crescimento foi de 2,7%.
Para o presidente da Abras, Sussumu Honda, o crescimento das vendas em janeiro em relação ao ano passado foi muito bom e surpreendeu. “O número até nos surpreendeu, já que dezembro havia apresentado só 6% sobre dezembro do ano anterior”. Honda disse que a questão do volume está ligada à do preço, porque de março a julho do ano passado o aumento dos preços das commodities (produtos primários, como soja e outros, com cotação internacional) foi muito forte. “Isso acabou influenciando no volume”.
Ele atribuiu a expansão de vendas em janeiro ao fato de a crise ainda ter-se refletido no setor de alimentos, principalmente os básicos, que são os vendidos nos supermercados. “O que deve ocorrer é alguma variação no consumo de produtos de valor agregado maior. Mas, com os preços atuais, os produtos básicos não devem sofrer.” Para os próximos meses a Abras trabalha com perspectiva estabilização de preços, pois não há pressão dos países que importavam mais fortemente do Brasil.

EFEITOS

De acordo com levantamento feito pela associação, uma cesta de 35 produtos de largo consumo, teve alta de 1,34% em janeiro ante o mês anterior, passando de R$ 231,96 para R$ 264,16. Os produtos que subiram mais foram: batata, 3,39%, carne (traseiro), 4,89%, e açúcar (3,44%). Tiveram as maiores quedas o tomate (-16,81%), o arroz (-2,14%) e o sabonete (-2,12%).
Sussumu Honda justifica a expectativa de estabilização e de manutenção de números positivos também em fevereiro e março citando “a sazonalidade” da Páscoa. “E, se houver algum reflexo do desemprego registrado desde dezembro até agora, só devemos vê-lo depois da Páscoa, porque o tempo foi curto ainda.”