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Alunos do IFMS protestam contra falta de estrutura

Estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) manifestaram-se contra a falta de estrutura do campus de Três Lagoas

Estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) manifestaram-se contra a falta de estrutura do campus de Três Lagoas. O protesto aconteceu nos dois períodos de aula e reuniu dezenas de alunos. Ao Jornal do Povo, os manifestantes alegaram que o campus da cidade, que funciona provisoriamente no prédio do colégio Unitrês, carece de merenda escolar, transporte público eficiente, laboratórios e a conclusão do campus próprio.

“Estamos há um ano e meio em salas improvisadas e o nosso campus não fica pronto. De manhã, ainda é tranquilo, mas à tarde, há salas com 46 alunos, dependendo do dia”, explicou o estudante Igor Cardozo, 18 anos.

Ele ainda disse que os laboratórios para os dois cursos em funcionamento pelo Instituto, eletrotécnica e informática, ainda não foram implantados. “Fazemos um curso técnico e não tivemos uma aula prática ainda.”

De acordo com ele, muitos alunos ainda sofrem com a falta de merenda e as deficiências do transporte público. “Ainda tenho sorte por morar próximo ao colégio. Muitos colegas moram do outro lado da cidade e precisam vir a pé ou de bicicleta para não chegarem atrasados”, completou.

IFMS

Conforme Girlane Bondon, diretora-geral do campus de Três Lagoas, o protesto envolveu aproximadamente 45 alunos, 15 no período da manhã e aproximadamente 30 à tarde.

Sobre as reivindicações dos estudantes, a diretora explicou que muitas fogem ao controle do Instituto. Entre elas, estão os pedidos para uniformes e transporte escolar. Sobre o primeiro, Girlane informou que o instituto, por ser ligado ao governo federal, não possui autarquia, como no governo estadual, por exemplo, para confeccionar os uniformes. “O transporte público também é de controle da Prefeitura de Três Lagoas. Não podemos interferir. Já os laboratórios, outra reivindicação dos alunos, estão em fase de aquisição, pelo sistema de pregão. Mas tudo no poder público demora um pouco mais. Estamos aguardando a chegada dos equipamentos”, disse.

OBRAS
A diretora admitiu que a construção do prédio do IFMS segue em ritmo lento. De acordo com ela, a obra está em fase final, mas a falta de mão de obra na região é um dos principais motivos de atraso. “Não tem mão de obra na região. Até mesmo para o nosso campus está difícil, passei semanas para conseguir um jardineiro. A região, assim todo o país, está com a economia muito aquecida”, explicou.

Além disso, Girlane citou a falta de infraestrutura como uma das causas para o atraso. Entre elas, rede de esgoto e de água, que foi solicitado à Sanesul, e de energia elétrica, cujo pedido já foi encaminhado a Elektro.