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Efeito Covid-19

Com aulas remotas, pais precisam se desdobrar para acompanhar ensino dos filhos

Ensino nas rede pública e privada estão com aulas online em Três Lagoas

A Claudia Sakamoto é empresária e mãe de três filhos. O Guilherme de 10 anos, o Roberto de 6 e o caçula Luiz de 4 aninhos. Com a pandemia, os desafios se multiplicaram. Ela precisou conciliar trabalho, casa, filhos e educação dos pequenos.

Com as aulas presenciais suspensas tanto na rede pública quanto na privada de ensino em Três Lagoas, a empresária também foi impactada com os efeitos da covid na educação. Ela precisa dedicar mais de 10 horas do dia à educação dos filhos e se dividir entre os afazeres da casa e do trabalho.

“A gente começa cedo, por volta de 7h, e só para à noite. De manhã monitor as aulas do Guilherme e à tarde do Roberto. Entre um e outro auxilio o caçula. No final do dia é que vou trabalhar. Somente à noite consigo organizar as partes financeira e administrativa do comércio que tenho com meu marido”, narra.

Levantamento

Uma pesquisa feita pelo Instituto DataSenado apontou que, na percepção de 63% dos pais ou responsáveis ouvidos, em todo o país, a qualidade do ensino entre os alunos que tiveram aulas remotas, diminuiu. Para 22%, a qualidade das aulas permaneceu igual e apenas 8% indicam que houve melhora no ensino com a mudança de formato.

A diferença de acesso à internet entre rede pública e privada é outro dado dessa mesma pesquisa. Nos lares com estudantes em aulas remotas na rede pública, 26% não possuem internet. Na rede privada, o percentual cai para 4%. Também segundo os resultados, o celular é meio mais utilizado para acessar aulas e material de estudo. O computador vem na segunda posição, utilizado por 24% dos alunos ouvidos.

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