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Privilégio a ciências exatas na concessão de bolsas é discutido em audiência

Em 2012, o Ciência sem Fronteiras concedeu cerca de 21 mil bolsas para estudantes se especializarem no exterior

O deputado Izalci (PSDB-DF) levou à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática questionamentos feitos por diversas pessoas a ele sobre as razões para o Programa Ciência Sem Fronteiras ter concedido tão poucas bolsas de pós-graduação a estudantes das áreas de ciências humanas.

O debate sobre o tema está sendo realizado em audiência pública realizada na comissão a pedido de Izalci. Em 2012, o Ciência sem Fronteiras concedeu cerca de 21 mil bolsas para estudantes se especializarem no exterior.
O coordenador do programa, Geraldo Nunes afirmou que as áreas prioritárias para a concessão de bolsas foram definidas pela presidente Dilma Rousseff. Ele destacou ainda que parte das bolsas é paga com recursos da iniciativa privada que atuam na área de tecnologia. Os empresários, lembrou Nunes, não apoiam cursos que não sejam na sua área de interesse.

Já o coordenador do Ciência Sem Fronteiras junto ao conselho do CNPq, Márcio Ramos, acrescentou outra razão para o fato de as áreas de ciências exatas serem privilegiadas no acesso às bolsas. Dados apresentados por ele mostram a diminuição na formação de doutores brasileiros nos cursos de engenharia entre os anos de 1996 e 2008. Ele afirmou que este panorama fez com que a ênfase das bolsas fosse para a área de tecnologia. Ramos afirmou ainda que essa é uma tendência mundial e que países como a China têm investido fortemente nos doutorados para engenheiros.

A audiência prossegue no Plenário 13.