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Professores da UFMS garantem que não terão dias descontados

 O governo federal informou que vai descontar os dias de paralisação dos servidores públicos de diversos setores do Brasil que estão em greve há mais de um mês. Entre as classes, está a dos professores universitários. O desconto está previsto para a próxima folha de pagamento, em agosto. O professor de história e coordenador do setor do comando de greve da UFMS de Três Lagoas, Lourival Santos, porém, disse que os professores não terão seus salários descontados.

Santos explicou que somente a reitoria da universidade pode descontar os dias e que ela não mostrou interesse em proceder de tal maneira. “Nesta semana, inclusive, a Associação Nacional dos Reitores das Universidades Federais [Andifes] demonstrou, durante manifestação, que está do nosso lado”, disse. “O governo só poderia descontar os dias caso a greve fosse ilegal, mas não é o caso”, completou. 

Santos disse também que o governo ainda não manifestou desejo em negociar com os professores.  “Ele [governo] havia marcado uma reunião para o dia 12 de junho, entretanto, cancelou e não agendou um novo encontro”, disse. Enquanto isso, os professores garantiram que permanecerão de braços cruzados por tempo indeterminado.

Entre as reivindicações da classe, estão a reestruturação do plano de carreiras e melhorias nas condições de trabalho, que vão desde a contratação de novos professores a investimentos em laboratórios e na estrutura das salas de aula.

Para Três Lagoas, em particular, a classe luta ainda pela construção de um restaurante universitário, além de uma morada estudantil. Santos contou que atualmente muitos alunos não estão conseguindo se manter na cidade, devido aos altos preços de aluguéis, e acabam retornando a suas cidades de origem sem concluir o curso superior.