Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) não aderiram à paralisação nacional iniciada nesta quinta-feira (17) em diversos estados. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, os docentes não são associados a entidade responsável pela greve, a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), e por isso não aderiram ao movimento.
Ainda segundo a assessoria de imprensa, os profissionais da UFMS são associados a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), outra entidade nacional que representa professores de universidades e institutos federais.
Em entrevista ao G1, o secretário da Proifes e presidente da Associação dos Docentes da UFMS (Adufms), Paulo Roberto Haidamus, informou que está em Brasília, onde participa de mesas de negociação entre a federação e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Ministério da Educação (MEC). “Estamos em processo de negociação e devemos permanecer assim até o dia 31 de maio, prazo estipulado pelo governo para finalizarmos os debates”, explica Haidamus.
Ainda segundo Haidamus, a categoria avançou em alguns pontos da negociação e a principal reivindicação é a reestruturação da carreira dos professores. “Passado o prazo final, iremos avaliar o que foi conquistado para, se necessário, estabelecermos outra conduta ou até uma paralisação”, finaliza.
Greve nacional
A Andes afirmou que a greve iniciada hoje deve atingir ao menos dez universidades federais em nove estados brasileiros. A paralisação é por tempo indeterminado. Nesta manhã, instituições do Amazonas, Espírto Santo, Pará, Paraíba e Paraná paralisaram as atividades. No Distrito Federal, uma assembleia marcada para esta sexta-feira (18) pode decidir pela adesão à greve a partir da terça-feira (22).
A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Na quarta-feira (16), o Ministério da Educação afirmou que não comentaria o anúncio de greve.