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UFMS vai parar em 100% suas atividades no dia 24

A paralisação faz parte da greve nacional das universidades federais

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), de Três Lagoas, aderiram ao estado de greve por tempo indeterminado, ontem, durante assembleia realizada no período da tarde. Isso significa que a classe está acompanhando a greve nacional e pode parar em 100% as atividades a qualquer momento.

De acordo com Vítor Wagner Neto de Oliveira, professor de história e presidente da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – região leste sul-mato-grossense (ADLeste – S. Sind.), apesar de os cerca de 130 professores não estarem em greve no dia 24, haverá uma paralisação de 24 horas na UFMS. Cerca de 2 mil alunos ficarão sem aulas.

Na quarta-feira, dia 30, os professores se reunirão novamente em assembleia para decidir se vão aderir à paralisação nacional. Conforme Oliveira, entre as reivindicações, estão a reestruturação da carreira da categoria e o fim das condições precárias de trabalho, atribuídas à falta de estrutura nas universidades. Para Três Lagoas, são reivindicados ainda um restaurante e moradia para universitários, além da contratação de novos professores. “A pauta local será entregue à reitoria da universidade ainda nesta semana”, disse.

Como forma de protesto e até mesmo de esclarecimento, os professores confeccionaram cartazes que serão colados nas paredes da UFMS da cidade. O objetivo é explicar aos alunos e funcionários os motivos pelos quais a classe está em estado de greve.

ESTADO
Conforme Oliveira, a UFMS em Três Lagoas ainda não aderiu à greve pela falta de união entre as outras unidades do Estado. Atualmente, apenas a de Dourados concordou em participar das assembleias. “A Universidade Federal da Grande Dourados [UFGD], inclusive, já suspendeu as aulas”, contou.

BRASIL
Do total de 59 universidades federais do Brasil, quase metade iniciou greve por tempo indeterminado a partir da última quinta-feira. Segundo a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), professores de 39 instituições de educação (27 universidades e dois institutos) declararam oficialmente a paralisação das atividades.