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No Estrela Do Sul

Com campo revitalizado, projeto Escola Pública de Futebol retoma atividades presencias

Seguindo 50% da capacidade total, devido a pandemia, serão mais de 700 alunos atendidos

Com 50% da capacidade total, devido a pandemia, serão mais de 700 alunos atendidos - Foto: Isabelly Melo/CBN
Com 50% da capacidade total, devido a pandemia, serão mais de 700 alunos atendidos - Foto: Isabelly Melo/CBN

Na manhã desta sexta-feira (06) a Fundação Municipal de Esportes (Funesp) fez o lançamento oficial do núcleo Escola Pública de Futebol sediado no campo da Praça Estrela do Sul. Revitalizado, o local faz parte dos mais de 10 pontos que receberão aulas do projeto nas sete regiões da capital.

Antes da paralização, por conta da pandemia, a Escola Pública de Futebol atendia 1.500 crianças e adolescentes, agora, seguindo protocolos de biossegurança, a capacidade será de 50% do total, ou seja, cerca de 700 alunos entre meninos e meninas. Por enquanto, devido ao número reduzido no atendimento, as inscrições estão paralisadas.

Segundo o Gerente da Gerência de Atividades Sistemáticas da Funesp, Maicon Luiz, conforme as flexibilizações de atividades forem ‘aumentando’, a ideia é aumentar a demanda de atendimento. “A gente tem em Campo Grande 15 locais de atendimento com grande potencial de desenvolvimento dessas crianças, inclusive com a Escola Pública de Campeões, que é um aperfeiçoamento dessa iniciação, e a ideia é que daqui saiam futuros craques do futebol”, disse.

Cristiano Duarte, pai de um dos alunos, que participa do projeto desde os cinco anos de idade, diz que mais que aprender a jogar bola, espera que o filho de 12 anos aprenda a ser um bom cidadão e a ter valores. “É um trabalho que agrega muito, não só a ser jogador de futebol, mas ser um ser humano de qualidade, ter responsabilidade e se tornar um cidadão do bem”, afirmou Cristiano.

Ex-jogador profissional e agora técnico do projeto, Ramon viu na escolinha a chance de ensinar tudo o que aprendeu com o futebol. “Abandonei o futebol, comecei a trabalhar e começou uma escolinha aqui, aí um dia eu pedi para tomar conta, e começou assim. Aqui nasceu até jogador da Europa, tem no Braga de Portugal, o Gomes na Bulgária, outro no Porto, e alguns jogadores que ainda estão saindo daqui”, contou.

Cristiano Duarte, pai de um dos alunos, que participa do projeto desde os cinco anos de idade, diz que mais que aprender a jogar bola, espera que o filho de 12 anos aprenda a ser um bom cidadão e a ter valores. “É um trabalho que agrega muito, não só a ser jogador de futebol, mas ser um ser humano de qualidade, ter responsabilidade e se tornar um cidadão do bem”, afirmou Cristiano.

Os ensinamentos do professor de 63 anos, sendo mais de 30 como técnico, vão além do gramado, isso porque Ramon não abre mão da educação. “A gente quer mesmo é fazer cidadãos, ser jogador para nós é segundo plano. Tirar os guris da droga. A primeira coisa que eu falo para ele é estudar, o futebol não é tão importante quanto o estudo. A cobrança do estudo aqui é grande, então a gente procura formar o cidadão”, finalizou.

Entre os destaques da escolinha, o volante Júlio Alcântara está com passaporte carimbado para o Cruzeiro. Com 13 anos e muita garra na bagagem, Júlio treina há três anos com Ramon no Estrela do Sul, mas a caminhada em busca do sonho de ser jogador profissional começou na Aldeia Buriti.

“Desde os quatro anos, quando minha mãe perguntou o que eu queria ser na vida, eu falei que eu queria ser jogador de futebol. Eu comecei a treinar na escolinha do Bonadimo (em Sidrolândia), aí dali eu fui para a Aldeia de novo e comecei a treinar na escolinha RB, do professor Japa e do professor William”, contou a promessa da escolinha.Entre os destaques da escolinha, o volante Júlio Alcântara está com passaporte carimbado para o Cruzeiro. Com 13 anos e muita garra na bagagem, Júlio treina há três anos com Ramon no Estrela do Sul, mas a caminhada em busca do sonho de ser jogador profissional começou na Aldeia Buriti.

Com o apoio dos pais, Júlio está animado para a viagem até Minas Gerais, que acontece ainda nesta semana para que o volante cumpra a segunda etapa do processo, prevista para setembro. A retomada das aulas presenciais serve de despedida para Júlio, que sonha alto e quer chegar longe na carreria.

A retomada das atividades presenciais nos núcleos de Escolas Públicas de Futebol, segundo Claudinho Serra, diretor-presidente da Funesp, foi possível graças a vacinação dos profissionais que trabalham com os alunos. A expectativa agora é seguir com as ações, apoiando o esporte e o desenvolvimento social das crianças e adolescentes.

“O foco da escolinha é preparar para o esporte com um todo, então nós damos todo apoio necessário para que as crianças de profissionalizem. Agora, claro que a gente não pode esquecer a formação do cidadão, então aqui também são repassados preceitos de disciplina, a gente costuma tratar cada um de maneira individualizada, conversando com os pais e fazendo um segundo tempo a escola”, informou o gestor.