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Desembaraço

Avança o projeto para a instalação do porto seco em Três Lagoas

Receita Federal sinaliza viabilidade econômica para a implantação de estrutura alfandegária, em Três Lagoas

Receita Federal menciona o volume de exportações para viabilizar o porto seco - Divulgação
Receita Federal menciona o volume de exportações para viabilizar o porto seco - Divulgação

Em nota técnica, a Receita Federal sinalizou para a viabilidade econômica para a implantação de estrutura alfandegária, em Três Lagoas. O porto seco é considerado importante e necessário para o desembaraço e escoamento da produção industrial do município destinada a exportação. Desde 2010 há estudos para a instalação essa estrutura em Três Lagoas.

O secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), se reuniu com a Superintendência da 1ª Região da Receita Federal, e recebeu a informação sobre a sinalização de viabilidade econômica para instalação de um porto seco em Três Lagoas. “Tivemos reuniões com a Receita Federal em Brasília e um avanço extremamente importante na instalação do Porto Seco em Três Lagoas. É um projeto que estamos trabalhando há praticamente sete anos e, a Receita Federal nesse momento, sinaliza com a viabilidade econômica da instalação do Porto Seco no município da Costa Leste”, comentou Verruck.

O estudo da Receita Federal menciona o volume de exportações em Três Lagoas para viabilizar o porto seco no município. Conforme o documento, entre  2018 a agosto de 2023, o município movimentou US$ 2,517 bilhões, cerca de 32,5% das importações sul-mato-grossenses. Com relação às exportações realizadas no período de 2018 a 2022, por operadores do comércio exterior sediados em Três Lagoas e região, foram movimentados, US$ 2.024 bilhões, cerca de 4,6 milhões de toneladas.

De acordo com a Receita, com base no volume exportado, seria necessária uma área de aproximadamente 100.000 m², considerando certa  margem de folga em razão da possibilidade futura de uma interoperabilidade com o modal ferroviário, e incompatibilidade com o dimensionamento de outros portos secos instalados na 1ª Região Fiscal”, como os de Anápolis, Cuiabá, Corumbá e Brasília.

“Agora temos um papel importante do município e o prefeito Guerreiro já tem trabalhado com isso. A Receita sinaliza a necessidade de o município disponibilizar uma área de 100 mil metros quadrados. A partir do momento em que a prefeitura disponibilizar a área para a Receita Federal, deve ser providenciado um edital público para a licitação do porto seco e empresas privadas poderão participar”, explicou.

Ainda segundo o secretário, o porto seco não é um projeto importante somente para o município de Três Lagoas. “Trata-se de um projeto importante para Mato Grosso do Sul. Hoje nós temos um porto seco em Corumbá, mas nosso Estado já tem volume suficiente para dar viabilidade econômica a mais um porto seco na Costa Leste. Dentro da lógica do desenvolvimento e da logística de Mato Grosso do Sul, esse porto seco vai demandar um entroncamento rodoferroviário no município de Três Lagoas e possibilitar, inclusive, que a gente consiga avançar na viabilização da própria ferrovia da nossa Malha Oeste”, acrescentou.

LOCAL

O porto seco será instaladona saída de Três Lagoas para Campo Grande. O local é propício para a instalação do projeto, já que fica próximo a BR-262. Além disso, o contorno rodoviário em construção passará pelo local, interligando a BR-262 até a BR-158.