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Eldorado Brasil inaugura sistema inédito de geração de energia verde

Mini-hidrelétrica permite aproveitamento das águas de efluentes para produzir energia verde pela fábrica de celulose

Turbinas revertem o fluxo de água, gerando energia antes da devolução ao rio Paraná - Reprodução TVC HD
Turbinas revertem o fluxo de água, gerando energia antes da devolução ao rio Paraná - Reprodução TVC HD

A Eldorado Brasil Celulose deu um passo significativo em direção à sustentabilidade ao inaugurar, nesta semana, um sistema pioneiro de geração de energia verde na fábrica de Três Lagoas. Com menos de 12 anos de atuação, a empresa se torna a primeira indústria no mundo a utilizar efluentes tratados para reverter o fluxo de água e gerar energia, otimizando o processo antes de devolver a água ao rio, nesse caso ao rio Paraná. Essa inovação não apenas melhora a gestão dos recursos hídricos, mas também reforça o compromisso da empresa com práticas ESG (Ambiental, Social e Governança).

Duas turbinas foram instaladas para reverter o fluxo da água, gerando energia antes da devolução ao rio. Cada turbina tem a capacidade de bombear cerca de 2,5 mil metros cúbicos de água por hora, totalizando 5 mil metros cúbicos, o equivalente a 5 mil caixas-d’água residenciais abastecidas no mesmo período. A energia gerada, que totaliza 250 quilowatts por hora, será destinada ao consumo próprio do prédio administrativo da Eldorado, incluindo as áreas de RH, Florestal, auditório, restaurante e ambulatório.

O sistema foi idealizado por Carlos Monteiro, diretor industrial da Eldorado, que, em parceria com o professor Augusto Nelson Carvalho Viana, da Universidade de Itajubá (MG) e com a equipe de Inovação e Tecnologia da empresa, desenvolveu a tecnologia inédita. O projeto, coordenado por Viana, levou três anos para ser concluído e marca a primeira vez em que energia é gerada utilizando efluentes tratados. 

A Eldorado Brasil, que já é autossuficiente em energia renovável graças ao uso de biomassa de resíduos de madeira em sua produção de celulose, reforça seu compromisso com a sustentabilidade. A empresa, que produz 1,8 milhão de toneladas de celulose anualmente e administra 285 mil hectares de florestas de eucalipto, destina o excedente de energia para o Sistema Elétrico Nacional, contribuindo para uma matriz energética mais limpa.

O diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, André Borges, destacou que o projeto da Eldorado alinha-se à meta do governo estadual de atingir a neutralidade de carbono até 2030. A inovação da Eldorado, ao mesmo tempo que impulsiona a sustentabilidade, coloca a empresa na vanguarda das indústrias que buscam reduzir as emissões de CO2, uma tendência que se torna cada vez mais uma obrigação global.