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Emprego

Sobram vagas de emprego devido à falta de qualificação e aos baixos salários ofertados

Em contrapartida, Três Lagoas é o terceiro município que mais emprega no estado

Sobram vagas de emprego na Casa do Trabalhador de Três Lagoas. - Foto: Arquivo/JPNews
Sobram vagas de emprego na Casa do Trabalhador de Três Lagoas. - Foto: Arquivo/JPNews

Mato Grosso do Sul registrou a criação de 1.645 empregos formais em junho, de acordo com os últimos dados do Caged divulgados esta semana, referentes ao mês de junho. O setor de comércio liderou as contratações em todo o estado, enquanto em Três Lagoas, o destaque foi para o setor de serviços.

Desde o início do ano, mais de 21 mil pessoas foram contratadas com carteira assinada no estado. Esse saldo positivo reflete a diferença entre as admissões e demissões ocorridas no período.  

Campo Grande foi o município que mais empregou em junho, com 1.322 novas contratações. Dourados ficou em segundo lugar com 539 novos postos de trabalho, seguido por Três Lagoas, que registrou 393 novas vagas.

Em Três Lagoas, o setor de serviços foi o que mais contratou, com 171 novas vagas, seguido pelo comércio com 142 vagas. A indústria criou 73 postos de trabalho e a construção civil gerou 39 novas vagas. A agropecuária foi o único setor com saldo negativo, encerrando 45 postos de trabalho.

Desafios na contratação

Apesar dos números positivos, preencher as vagas disponíveis tem sido um desafio. A Casa do Trabalhador de Três Lagoas encerrou esta semana com mais de 200 vagas de emprego disponíveis. O número elevado de vagas de trabalho tem sido comum na agência pública de empregos, mas preenchê-las têm sido a grande dificuldade devido à falta de mão de obra qualificada e aos baixos salários oferecidos.

A gestora de ações no trabalho da Casa do Trabalhador, Cleonice Fontoura, destaca que a maior dificuldade é encontrar candidatos qualificados para as vagas disponíveis. Além disso, os salários oferecidos muitas vezes não são atrativos para aqueles que possuem a qualificação necessária. “Em alguns casos, as vagas não são preenchidas por falta de mão de obra qualificada, em outros casos, o trabalhador tem várias qualificações, mas não aceita pelo salário, que é muito baixo. Além disso, dependendo da área, existe a necessidade de o trabalhador alojar-se em outras cidades, o que faz com que alguns não aceitem a oportunidade”, comentou.

De acordo com Cleonice, esses desafios refletem a necessidade de investimentos em qualificação profissional e melhores condições salariais para os trabalhadores de Mato Grosso do Sul. Esse é um desafio a ser enfrentado pelas empresas e pelo poder público para que o estado continue gerando empregos e as empresas possam manter a produção.

Diferente de alguns anos atrás, quando a cidade atraía trabalhadores de fora devido à construção de grandes fábricas, atualmente a maioria das pessoas que procuram emprego na Casa do Trabalhador é de Três Lagoas, segundo a gestora.