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Advogados com diferenças mas sem (des) ordem

Durante os últimos dias, temos visto na mídia discussões envolvendo advogados renomados de nosso Estado. Nós, como advogados, lastimamos alguns comportamentos de profissionais que, antes de tudo, precisam se lembrar de que a ética e a boa educação constituem marcas relevantes de nossa atuação na sociedade.

Triste é pensar que isso esteja acontecendo, justamente, na nossa classe, já que, muitas vezes, nós, advogados somos rotulados (apontados!) como “bandidos”; e, agora, diante do que a mídia tem mostrado, ou seja, discussões envolvendo clientes, conflitos que jamais deveriam sair de suas mesas ou escritórios.
Não sabemos ao certo a razão dessa briga, dessa exposição toda na mídia; na verdade, não queremos saber, mas devemos nos lembrar de que nós, advogados temos, especialmente, o dever, juntamente com a polícia, juízes e promotores, de zelar pela sociedade, e de garantir aos cidadãos todos os seus direitos, e jamais ofendê-los.

Temos de antemão que nos lembrar de que há uma ORDEM e que, diante dessa ORDEM, temos que prestar o devido respeito, e não utilizá-la de forma desastrosa a ponto de ferir todos os princípios que, por anos, lutamos e nos empenhamos.
Vejo constantemente a mídia divulgar representações éticas feitas de forma desordenada, utilizando nossa instituição como se a mesma não fosse séria e respeitada. Questiono: do que adiantaria toda a luta dos nossos antecessores, perante a nossa ORDEM, na direção do respeito (de que, sem dúvida somos merecedores), se os mesmos compatriotas a utilizam como fonte de vingança?
Sinto-me na dura realidade de redigir este apelo aos amigos advogados: que deixem essas exposições ridículas, visto que nós, advogados sérios, lutadores pelo direito da sociedade, não queremos e nem precisamos ver e ler tais situações, estampadas nos mass media, que só banalizam nosso trabalho.
Deixem para brigar perante a justiça, em que somente os envolvidos ficam sabendo, e por favor, não utilizem nossa ORDEM como instrumento de vingança: somos protetores da ORDEM, e o nosso atual Presidente Leonardo Avelino Duarte, assim como os seus antecessores, merecem toda a nossa consideração e apreço e não precisam vir à mídia, cotidianamente, para falar da importância da ética a todos. Tenho a certeza de que, assim como eu, existem milhares de outros advogados que, ao lermos tanta picuinha envolvendo advogados, ficamos com vergonha de nos intitular advogados. 

Por fim, instigo-os a deixarem suas diferenças e discussões para a justiça, deixem a mídia fora disso e, especialmente, não nos envolvam nelas e tampouco envolvam a nossa ORDEM. Somos diferentes, as discussões são saudáveis, no entanto, o excesso de exposição não garante a justiça social.

(*) Thiago Guerra é advogado.