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Opinião

Anos 70: Um encontro mais do que especial...

?... tomado pela febre, meus sonhos revolvem, o misterioso pântano...? (Jim Morrisson/The Doors)

Ao “Marrecão”, amigo dos bons e velhos tempos, ofereço!


Sérgio Barbosa (*)

 

Os anos 70 foram agitados para muitas pessoas que estavam em meio às diferenças de um contexto multicultural naqueles anos de chumbo para muitos paises da América tupiniquim.


No início desta década em minha cidade natal muitas coisas aconteceram ao meu redor, como sempre, a memória acaba trazendo algumas coisas e esquecendo a maioria delas para um encontro depois da morte em terras distantes do nosso mundo terreno.


Lembro que, entre os muitos amigos daquela época, tinha o “Marrecão”, isso mesmo leitor, este era o apelido do amigo, não sei explicar o porque do mesmo, porém, lembro do nome completo, a saber: Vicente Alves Duarte!


O cara era apaixonado pela música daquele tempo, assim, ficava horas e horas em sua casa de madeira, localizada uma rua abaixo da minha, Rua 21 de Abril e a dele, se lembro bem, Jorge Tibiriçá. No quarto do  amigo “Marrecão” um aparelho de som, “toca-discos com receiver e quatro caixas de som” espalhadas pelos quatro cantos do espaço físico, além dos discos de vinil espelhados pelo chão e em cima da sua cama como fonte de prazer sublime um momento mais do que especial.


Claro, foi nestes anos, início da década de 70 que tive o prazer de ser apresentado para o som das bandas: LED ZEPPELLIN, BLACK SABBATH, BAD COMPANY, NAZARETH  e outras.


Creio que, naquela época não percebi o que estava acontecendo com a juventude em nível internacional, agora, “Marrecão” sabia das coisas, tinha fama de “briguento” na vila, assim, muitos colegas se afastavam dele nas brincadeiras e poucos eram os escolhidos para ouvir aquele som na sua casa.


Os anos passaram para todos, os famigerados Anos 70 se foram, deixando para trás um rastro de morte e destruição para muitos cantores e cantoras, entre os quais: JIM MORRISSON, JANIS JOPLIN e JIMI HENDRIX.


Para os amantes da música foram perdas irreparáveis e que até os dias de hoje abalam as lembranças daqueles fãs que um dia estiveram próximos deles e delas para um desencontro em tempo de mudanças no cenário musical internacional.


Não sei onde anda o meu amigo “Marrecão”, mas de qualquer forma o início musical para mim neste tempo determinou o futuro do Rock’and Roll em minha vida, portanto, as boas recordações devem fazer parte da nossa história de vida em meio aos desencontros do tempo vivido como personagem de uma estória sem fim.


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(*) Jornalista profissional diplomado e professor universitário.