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AVC: lutando contra a causa número um de mortes no País

O acidente vascular cerebral, mais conhecido como AVC é a segunda causa de morte no mundo, sendo responsável por 6 milhões de óbitos a cada ano, independentemente da idade ou sexo. A doença é responsável por mais mortes anualmente do que as atribuídas à AIDS, tuberculose e malária, juntas. No Brasil, o AVC é a primeira causa de morte e incapacidade, com um enorme impacto econômico e social.
Há dois tipos de AVC, o isquêmico, quando um coágulo obstrui o fluxo sanguíneo e o hemorrágico, quando um ou mais vasos se rompem e acontece um sangramento na parte interna do cérebro.
Mas, como podemos evitar o AVC? A regra número um é a qualidade de vida e a manutenção de uma vida saudável. Pessoas que evitam o sal, bebidas alcoólicas e o fumo já estão fazendo um grande bem para a sua saúde, e consequentemente, diminuindo a probabilidade de um AVC. Beber bastante água e fazer exercícios fiscos regularmente também entram na lista dos hábitos saudáveis. Se você é hipertenso, tem colesterol alto, diabético, cardiopata, tem enxaqueca ou é obeso deve ficar atento aos sintomas que alertam quando o paciente está tendo um derrame.
Os principais sinais de um AVC incluem: alteração de sensibilidade ou fraqueza súbita na face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; súbita confusão, com dificuldades para falar ou compreender; súbita dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos; súbita dificuldade para caminhar, tontura, falta de equilíbrio ou coordenação; e dores de cabeça forte sem causa conhecida.
Como em qualquer doença, a prevenção é o tratamento mais eficaz, mas se você apresentar algum sintoma a primeira providência a tomar é procurar um pronto atendimento o mais rápido possível. O ideal é que o atendimento do paciente seja feito em um período de 3 horas desde o início do primeiro sintoma. Quanto mais ágil for o atendimento nesses casos, maiores são as chances do paciente obter uma recuperação total, sem seqüelas.
No Brasil, o AVC é a primeira causa de mortes, mas um paciente que já teve um AVC tem grandes chances de recuperação total se atendido rapidamente. Dependendo da área afetada, ele pode passar por um tratamento de reabilitação.

 Renata Simm é médica neurologista