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Editorial: O Povo nas ruas

O tempo passará, e o agente político poderá ser lembrado

Está previsto para amanhã uma grande mobilização, popular para mostrar nas ruas, o descontentamento do povo brasileiro na condução da política econômica e social do governo. E, notadamente, protestar contra a corrupção desenfreada que assola a vida política do país que tem por atores dirigentes de partidos, parlamentares e administrares da maior estatal do Brasil – a Petrobras. A partidarização da máquina administrativa pelo PT, nunca vista no país avançou com tamanha voracidade que colocou o país entre os mais corruptos entre dezenas de nações, onde a diferença repousa no subdesenvolvimento da maioria destas diante da envergadura econômica do Brasil. Essa conduta revela o quanto o país precisa mudar na condução da administração pública, que tarda para ser profissionalizada, e colocar fim aos famigerados cargos de confiança e de comissionamento. O Brasil não suporta mais ser roubado e explorado por partidos e pessoas que sem qualquer escrúpulo não pensam duas vezes para fazer um negócio escuso. Ou então, se aproveitar de cargos que ocupam para se esbaldarem em possíveis benefícios, que acabam por custar o olho da cara para o sofrido povo brasileiro, que necessita de mais saúde, segurança, educação, estabilidade de emprego, entre tantas demandas sociais e econômicas que hoje se verifica como pontos e desarranjo da máquina governamental em qualquer uma das esferas da administração pública. Não há mais clima para tolerância para os que teimam em fazer cara de paisagem como nada com eles fosse. E muitos menos, em se aceitar o uso escuso e o abuso do dinheiro público, que se agrava pelo desvio ou má fé na sua aplicação. O poder deve ser exercido com recato, modéstia, honestidade, devoção, imparcialidade, porque deve ser para todos, e, sobretudo, com muita vontade de servir ao próximo e não dele se servir.Essas, são as máximas que devem nortear o exercício da função pública, seja em caráter eletivo ou administrativo. Estar à serviço do bem comum, da causa pública é praticamente um estado de espírito, que deve ser fortalecido, pela firmeza de propósitos e competência na condução das decisões. Fora deste contexto, nada vale a pena. O tempo passará, e o agente político poderá ser lembrado, se não tiver colocado em prática atributos que exornem  sua conduta, como um medíocre, ou, então, como um ser que desperdiçou tempo e dinheiro do seu povo. O povo brasileiro sabe ser critico. Não gosta de ser esbulhado e muito menos engando com aleivosias que não cabem diante da análise aprofundada da situação que vive, porque vê suas possibilidades de melhoria de vida encurtar, agravadas, pelo elevado custo para a sua manutenção e dos familiares que tem sob sua responsabilidade, além de pressentir que as perspectivas futuras se achatam na linha do tempo da própria existência. Quando o povo brasileiro resolve sair às ruas pala se mobilizar, protestar, reivindicar e alardear o seu descontentamento é mais do que certo, que o sinal começa a sair do amarelo para entrar no vermelho. Só continuará teimando, quem tiver vocação para a tirania ou não ter capacidade para mudar o que é preciso. Povo na rua jamais será vencido, esse jargão sempre será atual. No Brasil, não há lugar para a força e nem retrocessos. Político investido em mandato popular que não ouve o clamor das ruas e age de acordo com as suas conveniências, esquecendo-se dos valores coletivos, pode ter um, dois, três mandatos ou mais, mas, certamente, será devolvido de onde sai pelas urnas.