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Opinião

Novos mercados e melhores negócios

Com estímulo, competitividade, inovação e apoio institucional, a indústria pode fazer muito pelo Brasil e por Mato Grosso do Sul, estabelecendo bons cenários em todas as regiões. É necessário avançar na consolidação do desenvolvimento industrial dos municípios e oportunizar o crescimento das pessoas, oferecendo chances reais de melhores salários e qualidade de vida.

Temos trabalhado para integrar e desenvolver as empresas e as pessoas com os serviços do Sistema Fiems, via Sesi, Senai e Iel. Estamos executando ações que contribuem sobremaneira para fazer da indústria de Mato Grosso do Sul essência do desenvolvimento ordenado e sustentável. Sem passivo ambiental, porque acreditamos que é possível construir um ambiente mais profícuo para o investimento e para a prosperidade.

Nessa direção, estamos finalizando o Programa de Desenvolvimento Regional, que vai promover um completo diagnóstico da atividade industrial em todo o Estado, consolidar o mapa das vocações e demandas regionais, além de propor soluções capazes de descentralizar o desenvolvimento industrial via incentivos fiscais regionais e abordagem sistêmica dos gargalos impostos pela logística.

É o caso do setor da panificação. Recentemente vencemos uma disputa com capitais importantes do País e vamos sediar, em outubro de 2013, o 30° Congrepan – Congresso Brasileiro da Indústria da Panificação e Confeitaria –,  que vai reunir em Campo Grande mais de 2.500 pessoas, entre expositores e visitantes, movimentando a nossa economia, notadamente o comércio e a hotelaria.

Esta vitória nos permitiu realizar mais um tradicional evento do setor que, no Mato Grosso do Sul, recebeu a denominação de PantanalPão. Lançamos recentemente esta feira e mais a ExpoCidades, além de fazer uma apresentação da Expo-MS Industrial.

Este ano, a Expo-MS Industrial 2012 será realizada de 22 a 25 de maio, no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande,  com previsão de movimentar mais de R$ 150 milhões nos quatro dias do evento, o que representará um crescimento de 32% com relação à edição de 2010, quando foram movimentados R$ 114 milhões.

Já concluímos os contratos com 17 patrocinadores. E dos 180 estandes, 144 já estão comercializados, isto é, 80% do total, incluindo representantes dos segmentos de açúcar e álcool, alimentos, frigoríficos, celulose e papel, construção civil e cerâmica, energia, gráfico, metal mecânico, mineração, moveleiro, transporte e logística, vestuário e têxtil, couro e calçados e inovação tecnológica. Na edição passada, foram 12 patrocinadores e 160 estandes comercializados.

Levantamento do Sindepan/MS (Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado) aponta que, atualmente, temos 550 empresas no Estado, das quais 90 já estão associadas ao sindicato. Essas 550 indústrias empregam 12 mil trabalhadores, enquanto, apenas em Campo Grande, são 220 empresas e 6 mil funcionários.

A ExpoCidades é uma iniciativa pioneira e vai apresentar soluções nas mais diversas áreas para a gestão pública. É uma Feira voltada à capacitação de profissionais de gestão pública, como Prefeitos, Vice-Prefeitos, Vereadores, Secretários Municipais e Diretores de órgãos públicos e escolas. O objetivo é contribuir com o desenvolvimento dos municípios, promovendo uma maior aproximação dos gestores públicos e oferecendo ferramentas que possam auxiliá-los no processo administrativo.

O evento será mais uma ação do Sistema Fiems voltada para os municípios, nos quais estamos investindo R$ 39 milhões para assegurar o desenvolvimento industrial. Algumas dessas obras são a construção do Centro Integrado Sesi-Senai nas cidades de Naviraí e Aparecida do Taboado, do Complexo Sesi-Senai em Corumbá, do Observatório Socioambiental em Bonito, da nova sede da FatecSenai em Campo Grande, da reforma e modernização do Sesi e Senai de Dourados, da reforma e ampliação do Senai e construção do novo Sesi em Três Lagoas, entre tantas outras.

O atual processo de queda do desempenho na indústria nacional preocupa porque expõe o elevado custo Brasil e a consequente falta de competitividade dos nossos produtos. Indicativos do Radar Industrial da Fiems sinalizam que este quadro pode chegar ao nosso Estado, apesar dos bons índices que ainda apresentamos.

Os desafios são o nosso estímulo para produzir e executar ações capazes de provocar um efeito multiplicador na nossa economia. E gerar cada vez mais boas oportunidades para ampliar mercados e fechar melhores negócios.

(*) Sérgio Longen é empresário do setor de alimentos e presidente da Fiems – Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul.