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Rio inventa mãe comunitária

A Prefeitura do Rio está criando em 150 de suas escolas localizadas em regiões conflagradas a atividade de mãe comunitária. Essa é daquelas ideias para ser acompanhada em todo o Brasil, já que pode se converter num recurso para melhorar, ao mesmo tempo, o ensino e combater a violência.
Cada escola terá três mães todas com uma ajuda de custo mensal. Seu papel será fazer a ponte entre a escola e as famílias, ajudando a reduzir a evasão, atrasos e até problemas de indisciplina. Cria-se uma ponte com os professores através de uma figura popular no bairro.
Essa mãe terá o apoio de um educador comunitário, que deverá ser um professor que, de preferência, more na comunidade. Essa duas figuras a mãe e o professor terão como missão criar uma rede de apoio entre a escola e seu entorno, fazendo alianças com lideranças e espaços locais.
Se é verdade que há uma relação direta entre violência e capital social –e envolvimento familiar e ensino esse projeto e baixo custo é mais uma entre tantas possibilidades para gerar cidades mais civilizadas. As inovações fazem parte do projeto Escola do Amanhã, que visa colocar os alunos não só em tempo integral mas com atendimento integral.
A questão, como sempre, é saber se vai ter boa gestão. Apenas por um problema de gestão muitos projetos de educação em tempo integral (os famosos Cieps, de Brizola), não foram para frente.

Gilberto Dimenstein é colunista e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz