A falta de manutenção em túmulos no Cemitério Municipal de Paranaíba tem gerado reclamações de visitantes do local. Sepulturas quebradas, ossadas expostas e até mesmo atos de vandalismo, entre objetos usados em rituais religiosos, geram reclamações e revolta contra o descaso.
Marcelo Aparecido Rodrigues de Oliveira, que é policial militar, disse que esteve no local, nesta semana, e viu o abandono por parte do poder público, além de atos de vandalismo e desrespeito.
“Há túmulos destruídos, com restos mortais à mostra”, disse. E questionou: “será tão difícil assim colocar vigilantes no local?”
Questionada sobre o problema, a Prefeitura de Paranaíba informou por meio da assessoria de imprensa que a contratação de vigias dependeria de concurso público, que não está em estudo neste momento.
Pessoas que estavam no local, nesta quarta-feira (25) – data em que imagens de vandalismo foram captadas pela reportagem -, relataram que é comum a entrada de usuários de drogas no cemitério, principalmente à noite, no mesmo horário da ação de ladrões. Peças de túmulos foram furtadas e imagens sacras danificadas.
Em uma imagem disponibilizada no portal de notícias jpnews.com.br é possível observar o arrombamento de sepulturas, além de tampas de concreto quebradas e até uma cabeça de porco amarrada por cordões, numa bandeja, coberta por pipoca, indicando que o local é usado para rituais.
Além de funcionários do cemitério, a assessoria de imprensa admitiu que o problema não é novo. Em 2017, desconhecidos invadiram o cemitério e praticaram atos semelhantes aos de agora.
Hoje, segundo a prefeitura, cinco funcionários trabalham durante o dia no cemitério.
OBRIGAÇÃO
De acordo com funcionários da prefeitura que trabalham no cemitério, a responsabilidade de manutenção dos túmulos, como limpeza e reparos, é das famílias, donas das sepulturas.
“Teve um caso em que uma senhora veio visitar o túmulo do parente e eu avisei para ela não subir e acabou que ela caiu, quebrou a tampa do caixão e tivemos que chamar o Corpo de Bombeiros para retirá-la de lá, e a sepultura está quebrada até hoje”, contou um coveiro.