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Acidente

Gêmeas buscam recomeço após sentença de motorista

Além dos traumas físicos, irmãs citam dificuldades de recomposição emocional

Passados dois anos do atropelamento de Aline e Janaine Bastista, as irmãs agora buscam um novo recomeço após o trauma vivido em uma manhã de segunda-feira do dia 9 de julho de 2018, quando seguiam para a casa da madrinha e foram atingidas por um veículo em alta velocidade conduzido por Ueverton Lozan da Silva, de 25 anos, que estava bêbado. 

O acidente acabou deixando marcas permanentes na vida das irmãs, além dos traumas psicológicos, Aline que pilotava a motocicleta teve o quadro clínico mais grave após o acidente, fraturou uma vértebra e agora usa cadeira de rodas. Janaine teve lesões na mão esquerda e passou por duas cirurgias.

Ela conta que a vida das duas mudou totalmente e que deixou o emprego para cuidar da irmã. Aline se formou, recentemente, em Direito. 
“É muito dolorido ver alguém que você ama se rastejando. Hoje não trabalho. Tenho que cuidar da minha irmã. Você muda toda uma estrutura de vida, por conta de um desconhecido”, desabafou. 

O ALÍVIO

Após dois anos do acidente, o tão aguardo julgamento de Uevertou ocorreu no dia 10 de março. O Tribunal do Júri da Comarca de Paranaíba condenou a 8 anos e 7 meses de prisão, Ueverton Lozan da Silva.

Ueverton foi condenado por tentativa de homicídio com dolo eventual em acidente de trânsito. O réu estava preso desde o dia do acidente no Estabelecimento Penal de Paranaíba, onde aguardava o julgamento.

Ansiedade e noites sem dormir, foi o sentimento das irmãs por ter que relembrar o caso novamente, e mesmo com as sequelas do acidente o sentimento foi de alívio.

“Estávamos bem ansiosas. O sentimento foi o que esperávamos, sentimento de dor. É um sentimento difícil, sim! Mas também é de alívio. Essa etapa vamos enterrar”, finaliza.