Veículos de Comunicação

Maracaju

Insituto Adelina Tiago Dias realiza II Leilão Somos Loucos Pela Vida em Paranaíba

Ação será no dia 21 de agosto e o Sindicato Rural não cobrará as taxas para a realização do Leilão

O Instituto Adelina Tiago Dias realizará em agosto o II Leilão Somos Loucos Pela Vida no Leilosin, no Sindicato Rural. O objetivo é cobrir os déficits acumulado ao longo dos anos. Conforme o presidente, do Instituto, José Robalinho, os recursos públicos são ínfimos comparado ao número de atendimentos prestados.

O leilão será no dia 21 de agosto e o Sindicato Rural não cobrará as taxas para a realização do Leilão, desta forma a nova diretoria agradece a parceria. “Estamos angariando animais de todo porte e também todo tipo de prenda, qualquer coisa ofertada que possa ser convertida em valores para nossa instituição estamos arrecadando”, disse o presidente.

Robalinho ainda destaca que além da participação da população com a doação de prendas é preciso a presença no dia do evento para arrematar as prendas, e como o cunho é beneficente, ele pede que os valores sejam onerosos, para cobrir o déficit do Hospital, que corre o risco de fechar.

O Instituto atende pessoas da saúde mental e também dependentes químicos, a capacidade é de 55 pacientes, mas o número varia devido as altas e internações compulsórias.

Atualmente o valor do déficit, conforme o presidente, é de R$ 762.346, 50, sendo que só no ano de 2014 o fechamento do déficit foi de R$ 1.217.266,70. José Robalinho destacou ainda que a diária paga pelo Sistema Único de Saúde, é de R$ 49,70 e o valor atualizado deveria ser de R$ 190 a diária.

“Não conseguimos pagar nossos gastos, como folha de pagamento, material que deve ser reposto, água, luz, e outras despesas”, disse. Robalinho contou que os pacientes dependentes químicos muitas vezes têm surtos e nesta hora quebram tudo que podem, como chuveiro elétrico, televisores, portas, maçanetas entre outros itens. “Sempre temos que fazer reparo de alguma coisa depredada por esta categoria de paciente que nós somos obrigados a atender”, frisou.

Em Mato Grosso do Sul apenas dois hospitais fazem este tipo de atendimento, que o Nosso Lar em Campo Grande e o Insituto Adelina Tiago Dias em Paranaíba e daí vem a importância da instituição perante o Estado. “Dependendo do Governo Federal nossa instituição fechará, eles não nos reconhecem como prestadores de serviço neste aspecto da saúde mental e pacientes dependentes químicos”, frisou.

Nova diretoria

O Instituto Adelina Thiago Dias de Paranaíba (antigo Hospital Psiquiátrico) elegeu sua nova diretoria, que tem o grande desafio de equalizar as discrepâncias atuais, com pensamento voltado à conquista da excelência de qualidade no atendimento aos internos, com o fortalecimento da tão importante instituição no Estado.

O Conselho Deliberativo foi eleito, em Assembleia Geral, no dia 15 de março deste corrente ano e no dia 19 de abril o Conselho Deliberativo elegeu a nova Diretoria Executiva, que ficará à frente do Instituto até abril de 2018.

A nova Diretoria do Instituto Adelina é composta por José Robalinho da Silva Neto (presidente), Marcos Malheiros do Amaral (vice-presidente), Edno Rodrigues Alves (tesoureiro), Marisa de Souza Bernardes (segunda tesoureira), Aline Nascimento Floriano de Oliveira (primeira secretária), Jairo Assis de Freitas (segundo secretário) e Adercina Rezende Machado (superintendente).

De acordo com o novo presidente, as expectativas para a gestão da nova diretoria são promissoras, uma vez que todos estão imbuídos por um mesmo ideal. Uma diretoria coesa em busca da melhor assistência aos seus assistidos e no campo administrativo trabalhar de forma transparente, respaldando o apoio sempre recebido da população e buscar sempre soluções para o equilíbrio financeiro.

Segundo Wagner Alves de Oliveira, diretor executivo, há algum tempo o Instituto passa por dificuldades financeiras. Somente em 2014, foram R$ 217 mil em déficit financeiro. Conforme demonstração do Balanço Financeiro do Exercício de 2014, o Instituto estava com déficit financeiro de R$ 762 mil.

Wagner destacou que os hospitais psiquiátricos estão sofrendo um “estrangulamento financeiro” por parte do Ministério da Saúde devido á tabela SUS estar muito defasada e os procedimentos psiquiátricos, os quais são realizados por esta instituição não sofrem impactos financeiros á vários anos.