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Abandono

Massa asfáltica chega, mas Prefeitura e Sanesul não executam obra

A via que é asfaltada, tornou-se “terrão”, por conta dos serviços de manutenção na rede de esgoto

A situação da rua Major Leobino A. da Silva, no centro de Paranaíba (MS),segue da mesma forma, mesmo com a chegada da massa asfáltica na Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) a situação da rua não foi resolvida. No local foram realizadas ligações de esgoto e a rua ficou totalmente danificada.

Kerly Perez Oliveira, disse por telefone que ninguém da Prefeitura ou Sanesul apareceram no local.

Na época, o gerente da Sanesul em Paranaíba, Gilvan Fonseca, confirmou por telefone que o acordo foi firmado, pois a empresa não possuía massa asfáltica quando foi encerrado o serviço, e ficou definido que a Prefeitura faria o recapeamento, mas como a prefeitura não executou o recapeamento, eles farão nova reunião para estudar a possibilidade da empresa de saneamento realizar a obra, até por que a massa asfáltica já chegou.

Já o secretário de Obras, em entrevista afirmou que o serviço seria feito e a demora foi por conta de uma licitação para adquirir os materiais necessários.

A via que é asfaltada, tornou-se “terrão”, por conta dos serviços de manutenção na rede de esgoto e, para tal foi necessário cortar a rua.

Kerlly, conta que a filha é alérgica e que a casa não fica limpa por causa da poeira. “Eles falaram que a rede de esgoto estava podre, por isso precisavam trocar, depois que fizeram a obra ficaram buracos na rua, eu fui lá, pedi para eles consertarem e vieram aqui e jogaram terra, mas não resolveu. A poeira é demais, minha casa não para limpa e tenho que ficar trancada, porque minha filha é alérgica”, contou ela.

Quem também continua sofrendo com o mesmo problema, é a aposentada Divina Aparecida, que tem um filho acamado e outro cadeirante. “Como eu moro do lado baixo da rua o barro entra tudo aqui em casa e o pessoal da prefeitura vem aqui e fica chamando minha atenção porque a cama do meu filho está suja, mas o que eu faço, se a poeira nunca acaba?”, questionou a idosa.

Divina relata que é uma luta diária para manter o filho em bons cuidados, porque a poeira toma conta da residência e por mais que ela limpe nunca consegue vencer a terra. “É uma luta todo dia para manter as coisas limpas e isso é triste pra gente, porque não conseguimos dar dignidade ao nosso filho, é um sentimento de abandono”, finalizou a aposentada.

Na rua, moradores colocaram uma placa em papelão com os dizeres “Sr. prefeito, a Sanesul não termina a obra, resta buraco e poeira”. Nenhum dos entrevistados assumiu a autoria do recado.