O aparecimento de um carro com marcas de sangue e mais de R$ 111 mil em cheques no interior mobilizou boa parte da Polícia Civil neste sábado (9). O carro – um Fiat Pálio vermelho, placas ELZ-8725, de Ribeirão Preto (SP) – foi encontrado pela Polícia Militar (PM) – depois de uma denúncia anônima de um morador – , em um terreno próximo a um depósito de areia, na avenida Rosário Congro, bairro Quinta da Lagoa, às 7 horas de hoje.
O veículo estava atolado no barro, sem chaves e com manchas de sangue no teto, na porta do motorista, no volante e no painel. Ainda no interior do carro, foram localizados um aparelho celular, uma carteira de couro preta (com documentos pessoais), 15 cartões de crédito, folhas de cheques em branco (ainda não destacadas e colocadas no talão). No banco traseiro, um estilete também sujo de sangue.
Segundo a Polícia Civil, quando visto pela última vez, o carro era conduzido por José Ailton de Barros, 39 anos, empresário do ramo de peças para motocicletas da cidade paulista.
A identificação foi realizada por meio de uma Carteira Nacional de Habilitação no nome do empresário do ramo de peças para motocicletas e confirmada com a ajuda do o licenciamento do carro. Por telefone, um dos agentes de plantão na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) fizeram contato com a proprietária e descobriu que estavam falando com a família de Barros.
Aos investigadores, a família informou que o empresário teria saído de casa na sexta-feira (8) – o horário não foi divulgado pela polícia – para fazer algumas cobranças e que desde então não havia dado notícias.
Por enquanto, a Polícia Civil não confirma o que pode ter acontecido. Nem que o empresário esteja em Três Lagoas
CHEQUES
A polícia não contabilizou a quantidade de folhas de cheques. Mas, segundo os dados que constam no boletim de ocorrência da PM, foram apreendidos cheques de ao menos nove bancos e instituições financeiras distintas. Entre eles, estavam: um total de R$ 2,8 mil do banco Real; R$ 2,9 mil do Unibanco; R$ 2,2 mil do Sicoob, R$ 2,5 mil (Mercantil), R$ 2,5 mil (HSBC), R$ 870 (Caixa Econômica Federal), R$ 95 mil Bradesco, R$ 57 Crediocip e R$ 2,5 mil Santander. A polícia não encontrou dinheiro no veículo.
O carro teve de ser guinchado e, juntamente com todos as provas encontradas, levado para a Depac. Até as 18h30 de hoje, a polícia continuava sem pistas sobre o paradeiro do empresário.
