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Casal é preso acusado de tentar golpe da "macumba"

Os golpistas afirmavam que "um trabalho havia sido feito contra a sua família" e que por R$ 800 conseguiriam "desfazer o feitiço"

Dirce Gonçalves Ferreira, 74, e seu companheiro, Altamir Ribeiro Camilo, 50, moradores no sítio São Miguel – no assentamento Cafeeira, foram presos em flagrante nesta segunda-feira à tarde, acusados de estelionato.

A mulher se passava por curandeira ou benzedeira e prometia às vítimas cura de feitiçarias e macumba e riquezas, mas exigia dinheiro para realizar os “despachos”. A golpista também usava sapos para impressionar os clientes. Alguns animais eram sacrificados e outros tinham as bocas amarradas.

A dupla foi flagrada pelos PMs Aguileira, Ronaldo, Souza e Edson por volta de 14h, quando aplicava o golpe numa viúva de 75 anos, da rua Carlos Bevilacqua – próximo do CIS – Centro Integrado de Saúde.

Dirce chegou às 8h com a missão de desfazer uma macumba que teria sido feita contra a viúva e seus filhos. Após exigir e se apossar de R$ 800,00 a estelionatária promoveu uma varredura na residência e encontrou dois sapos no quintal, um deles enterrado junto a um coqueiro e outro aberto, com dois pedaços de dentaduras e cinco moedas antigas em suas vísceras.

O golpe foi denunciado ao 190 da PM. Surpreendida com a ação policial, Dirce jogou o maço de dinheiro, em notas de R$ 50,00, num vaso de planta, mas a prova do crime foi encontrada. O companheiro e comparsa, que a aguardava no interior de um Gol preto, em frente da casa, também foi preso.

A viúva relatou que na última quinta-feira, 17, Dirce esteve em sua residência e foi embora levando R$ 500,00 e um jogo de cadeiras de área, prometendo retornar para terminar o “trabalho” essa semana.

Segundo a polícia, a mulher responde a mais de vinte processos por estelionato e já teria aplicado o mesmo crime em várias cidades da região. Suas vítimas eram pessoas de idade. Após o flagrante executado pela delegada Milena Dávalis Nabas, a mulher foi encaminhada ao presídio de Guaraçai e Altamir para a cadeia publica de Andradina.