O cassino que funcionava na rua Cyro Bueno, Vila Planalto, em Campo Grande, fechado nesta quarta-feira, tem estrutura de luxo e funcionava com pelo menos 22 caça-níqueis, nos períodos da manhã e noite.
As características internas do sobrado indicam que o local era utilizado exclusivamente como cassino. O endereço é apenas um dentro do esquema que, segundo as investigações, envolvia 40 pontos: 2 cassinos; 3 escritórios – 1 deles de contabilidade; 2 depósitos e oficinas de máquinas caça-níqueis; 13 pontos comerciais – tipo bares; 19 residências e 1 empresa de material de construção.
O local na Planalto é conhecido como Mansão ou Casarão. O prédio era alugado por cerca de R$ 1 mil e comandado pelo major aposentado da PM (Polícia Militar), Sérgio Roberto de Carvalho.
São seis salas, todas com caça-níqueis. A quantidade de máquina por sala variava conforme o espaço. Em uma havia duas, em outra 10. Esta última fica no andar superior.
No prédio, havia também roletas e raspadinhas, que eram vendidas a R$ 1 cada cartela. O prêmio oferecido era de até R$ 450 mil, no entanto, a maioria, após aberta, indicava prêmio de R$ 0,10.
As investigações apontaram que há três anos a quadrilha atuava com jogos de azar no Estado. Chefiada pelo major da reserva Sérgio Carvalho, que já havia sido preso em 2007 na operação Xeque-Mate, também por jogos de azar, a quadrilha tinha ainda outros dois policiais militares: o capitão Paulo Roberto Teixeira Xavier e o cabo Marco Massaranduba
O capitão Xavier á apontado como gerente de logística e segurança da quadrilha. Na PM, o oficial é responsável pelo policiamento da região da rodoviária, justamente onde há grande concentração de bares com caça-níqueis. Muitas apreensões desse tipo de máquina já foram feitas na região. Já o cabo Massaranduba tinha a função de auxiliar o capitão Xavier.
A operação Las Vegas cumpre 19 de prisão e já fechou dois cassinos: o da Vila Planalto, e outro na rua Casemiro de Abreu, no Jardim São Bento em Campo Grande-MS.
