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Delegado Protógenes reafirma que Operação Satiagraha não realizou grampos ilegais

Sem revelar novidades sobre a Operação Satiagraha, Protógenes disse que pretende colaborar com a CPI

O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que comandou a  Operação Satiagraha, que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas, voltou a negar hoje (1º) que tenham ocorrido interceptações telefônicas ilegais durante a investigação. Ele negou também que os trabalhos tenham sido realizados fora da lei.

Apesar de ter pedido, e conseguido, do Supremo Tribunal Federal (STF), um habeas corpus preventivo para não ser preso durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Clandestinas da Câmara, o delegado afirmou que não teme “nada nem ninguém”. Segundo ele, o depoimento, marcado para hoje , foi adiado por “conveniência” da CPI. "Pedi o habeas corpus, porque soube pela imprensa que poderia ser preso. Mas não ouvi essa afirmação da boca de nenhum dos membros da CPI", acrescentou.

“Foi por conveniência e decisão da própria CPI, que adiou meu depoimento, para eu voltar ao Parlamento brasileiro no próximo dia 8 [quarta-feira da próxima semana]. Notadamente, no dia 8 de abril vou reeditar tudo aquilo que já falei para a população. Da nossa indignação dos fatos que estão ocorrendo e do que está  sendo veiculado”, afirmou o delegado, que convocou uma coletiva de imprensa no Salão Verde da Câmara.

Sem revelar novidades sobre a Operação Satiagraha, Protógenes disse que pretende colaborar com a CPI e que tem ocorrido uma inversão dos papéis, "em que os investigadores passaram a ser investigados em uma correlação de forças jamais vista neste país. Tudo que se relaciona [à Satiagraha] tentam desqualificar o trabalho, que foi realizado pelos policiais. Notadamente, o alvo maior desses insultos, dessas agressões desmedidas e desses atos injustos são contra o delegado Protógenes”.