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Estudantes 'do bilhete' são transferidos de escola e podem sofrer punições

Estudante que teria escrito o bilhete tinha foto com arma de pressão em celular

A conclusão de um inquérito aberto pela primeira Delegacia da Polícia Civil, em menos de uma semana, revela a preocupação das autoridades com a repercussão e reflexos do “caso do bilhete”, como ficou conhecida a suposta ameaça de morte que teria sido feita por dois estudantes a 32 alunos e professores de uma escola estadual de Três Lagoas. 

Na terça-feira, dia 24, a investigação foi enviada ao Ministério Público pelo delegado Gabriel Salles. “Ouvimos testemunhas, funcionários da escola, professores e os policiais militares que registraram a ocorrência. E tudo foi enviado para análise da promotoria”, disse.

Antes do envio, a Secretaria estadual de Educação já havia transferido os estudantes para escolas diferentes para evitar contato entre eles e uma propagação ainda maior do caso. 

Na conclusão da fase policial, Gabriel Salles reforçou que os alunos foram ouvidos junto com os pais e que negaram as ameaças. Acrescentou que um deles foi abordado, nesta semana, com uma fotografia em que empunha uma arma, gravada em um celular. “Soubemos desta foto e conseguimos chegar à origem da imagem. O estudante disse que era uma arma de pressão e apontou o dono, que também foi localizado. Tudo foi esclarecido”, disse.

A arma que aparece na foto é de uso permitido, não requer registro nem porte. A direção da escola e a Secretaria de Educação não quiseram comentar o assunto. O Ministério Público não dá informações sobre investigações. O pai de um estudantes não quir dar entrevista por temer pela segurança do filho. Os pais do outro não foram localizados pela reportagem.