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Grãos De Ouro

Gaeco aponta mais de R$ 44 milhões de prejuízo aos cofres públicos

Foram cumpridos 104 mandados de buscas e apreensão e 32 de prisão preventiva em sete Estados

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta quarta-feira, 8, em sete Estados a operação "Grãos de Ouro" que trata de sonegação fiscal no mercado de grãos.

Segundo apurado até o momento pelos promotores envolvidos na operação, inicialmente já é possível constatar um prejuízo de R$ 44 milhões de reais aos cofres de MS. O Ministério Público já solicitou à justiça o bloqueio de bens dos alvos. Com o material apreendido, a expectativa é que essa soma aumente. "R$ 44 milhões é o que já foi levantando, agora o céu é o limite", afirmou Cristiane Mourão, coordenadora do Gaeco, quando perguntada até aonde pode ir o prejuízo.

A investigação começou em 2016 após denúncia da própria Secretaria de Fazenda. O esquema criminoso consistia em fraudar notas fiscais de grãos produzidos em Mato Grosso do Sul, a fim de não pagar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço). O Gaeco identificou cinco núcleos de atuação: os corretores agrícolas, produtores rurais, transportadores, empresas fictícias que só serviam para emissão de notas frias e servidores públicos.

Ao todo, a Operação cumpriu 32 mandados de prisão preventiva e 104 mandados de busca e apreensão nos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso. Nomes das empresas ou pessoas não foram divulgados. Sabe-se, porém, que os três produtores rurais são de MS. Já o dois servidores públicos são da Sefaz.

Ainda no começo da manhã, o Gaeco esteve na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para cumprir mandado contra o servidor Marcos Antonio Silva de Souza que teve a sua mesa de trabalho verificada pela Promotora de Justiça Cristiane Mourão, onde nada foi encontrado. O servidor está cedido ao gabinete do deputado Paulo Corrêa, que não é alvo das investigações do GAECO.

De acordo Gaeco, nenhum parlamentar da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul é alvo de investigação na operação.