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Gilmar Mendes reafirma que prisões especiais devem acabar em pouco tempo

O projeto que prevê o fim de prisões especiais para pessoas com diploma superior

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, voltou a defender o fim das prisões especiais. “A prisão especial refletia uma preocupação com o próprio sistema carcerário. Mas, na medida em que vamos evoluindo e melhorando o sistema, a prisão especial perde sentido. A tendência é caminhar para a superação desse modelo”, disse o ministro, durante o 1º Seminário sobre o Sistema Carcerário, no Rio de Janeiro, que começou nesta manhã e termina amanhã (3).

O projeto que prevê o fim de prisões especiais para pessoas com diploma superior e políticos com foro privilegiado foi aprovado em votação simbólica no Senado.


Mendes também reafirmou a possibilidade de o Judiciário exercer o controle sobre as atividades da polícia por meio de varas específicas.

“As próprias varas de lavagem de dinheiro foram criadas a partir de resoluções dos tribunais com base em lei federal. O controle judicial da atividade policial poderia ser exercido nessas varas. Em São Paulo, já existe essa experiência, onde há varas que exercem funções de correição dos inquéritos. Logo, neste caso, o juiz cumpre função de controle. Não falo nenhuma novidade”.

Ontem (1º), o procurador-geral de Justiça, Antonio Fernando de Souza, afirmou que o controle externo das atividades da polícia é uma atribuição dada ao Ministério Público pela Constituição.