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Golpistas na mira da Polícia Civil neste fim de ano

Além do estelionato, a Polícia Civil também deverá intensificar as ações no combate a roubos e outros crimes

A Polícia Civil de Três Lagoas pretende se infiltrar em agências bancárias, área central e outras instituições financeiras para garantir os bens da população neste fim de ano. De acordo com o delegado Regional, Vitor José Fernando Lopes, a maior preocupação é com crimes de estelionato. Ele explica o motivo: “É comum que nesta época do ano aumente o número de casos de golpes em geral. Há mais dinheiro circulando. Pessoas gastando na praça por conta do Natal e com o 13º [salário] na mão. Muitos golpistas se aproveitam de tudo isto para agir”, explicou.

Lopes informou que, além do estelionato, a Polícia Civil também deverá intensificar as ações no combate a roubos e outros crimes. “O nosso trabalho será à paisana. Com policiais civis percorrendo a área central, principalmente dentro de bancos”.

Boa parte dos trabalhos deverá ser coordenada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Segundo o delegado Ailton Pereira de Freitas, a intenção é colocar policiais à paisanas dentro das agências bancárias, acompanhando a movimentação de clientes e possíveis ações criminosas.
O coordenador da Dig explicou que, atualmente um dos golpes mais comuns em Três Lagoas é o do bilhete premiado. Na maioria dos casos, os golpes atingem principalmente pessoas de idade avançada – mas também já foram registrados casos em que as vítimas eram jovens e até com grau regular de escolaridade. Ele faz um alerta: “A melhor dica para casos de bilhete premiados ou outros prêmios em dinheiro. Não existe tal coisa. O milagre é muito grande para um único santo”.

MANDADOS

Outra ação da Polícia Civil é o aumento dos cumprimentos de mandados de prisão. Assim como a Polícia Militar –  que desde o Mutirão Carcerário, ocorrido em final de setembro, triplicou a meta de abordagens diários dos militares -, a DIG também passou a intensificar a busca por foragidos da justiça. A medida, conforme o delegado Regional, visa dar uma resposta à população. “Este trabalho de intensificação está sendo feito para não deixar que se gere a sensação de insegurança na população depois do que tudo que ocorreu”, explicou.

Após o Mutirão Carcerário, que colocou em liberdade em torno de 68 presos, o sistema penitenciário de Três Lagoas teve duas unidades interditadas pela Justiça por conta falta de estrutura física e o problema de superlotação. Desde o mês passado, parte dos internos do presídio de regime semi-aberto foi colocada em liberdade e a Unidade Educacional de Internação (Unei) está proibida de receber novos adolescentes.

No mesmo período, a DIG cumpriu um total de 15 mandados de prisão entre foragidos do semi-aberto e criminosos fugitivos de outros municípios.
As operações da PM começaram um pouco antes. A estimativa é que entre os meses de outubro e novembro, os militares tenham cumprido 54 mandados de prisão. As duas instituições alertam que as operações não têm prazo para encerrar.